sábado, 30 de agosto de 2008

É Verdade: Sal no Gelo esfria a cerveja mais rápido


Em contato com a água, o sal tende a se dissolver - mesmo se a água estiver em sua forma sólida. E essa dissolução é um processo endotérmico, ou seja, exige uma quantidade de energia para se concretizar. Em contato direto com o gelo, o sal não tem outra opção: puxa calor das pedras, que ficam ainda mais frias.

A temperatura da mistura pode chegar a -18 C. E, em 5 minutos, seu isopor será capaz de fazer por sua latinha de cerveja o que o freezer faria em 15.

Essa mistura é chamada de frigorífica: quando o resultado final tem uma temperatura menor do que os seus componentes tinham isoladamente. A experiência também funciona com açúcar ou qualquer substância que seja solúvel em água. Se você tem pressa, triture as pedras. "Quanto maior for a superfície de contato do gelo, mais rápido é o resfriamento".

Marconi X Tesla. Quem Inventou o Rádio?



Nicola Tesla nasceu na Croácia em 1856. Foi engenheiro, tendo estudado nas Universidades de Gratz na Áustria e na de Praga na Checoslováquia. Em 1884 emigrou para os Estados Unidos da América onde trabalhou com Thomas Edison. Três anos mais tarde criou o seu próprio laboratório onde inventou o motor de indução que funciona com corrente alternada não necessitando de escovas. Trabalhou posteriormente para a Westinghouse onde impulsionou a utilização da corrente alternada na rede eléctrica em lugar da corrente contínua defendida por Edison. Devido às suas vantagens sobre a corrente contínua, a corrente alternada acabaria por se impor.
Tesla registou inumeras patentes, entre as quais se destaca a bobina de Tesla, uma lâmpada precursora das lâmpadas fluorescentes. Outra importante patente registada por Tesla foi a de uma bomba que funcionava sem aspas. Em 1914 processou judicialmente Marconi defendendo ter inventada a rádio antes dele, acabando por ganhar a sua causa apenas em 1943, ano em que a Corte Suprema de Justiça deliberou a seu favor retirando a patente a Marconi.

domingo, 24 de agosto de 2008

A História da Descoberta do Gênio da Matemática Indiano Ramanujan


Ramanujan nasceu em 1887, em Erode, uma pequena localidade a quatrocentos quilómetros a sudoeste de Madras, na Índia. Com um ano de idade foi com os seus pais para a cidade de Kumbakonam onde, mais tarde, frequentou a escola primária e o liceu. No liceu, Ramanujan revelou-se um bom aluno em todas as disciplinas. Em 1900, com treze anos, começou a estudar sozinho séries aritméticas e geométricas. Com 15 anos aprendeu a achar soluções de polinómios de grau três e desenvolveu um método para resolver polinómios de grau quatro. No ano seguinte, desconhecendo a não existência da fórmula resolvente para os polinómios do quinto grau, tentou em vão descobri-la.Ainda no liceu, Ramanujan tomou conhecimento do livro de G.S. Carr "Synopsis of Elementary Results on Pure Mathematics". Por não ter tido acesso a outra bibliografia, o uso deste livro foi determinante para o seu trabalho futuro. O modo como estava escrito ( continha teoremas e fórmulas e quase não apresentava demonstrações), teve consequências na maneira como Ramanujan aprendeu a trabalhar matemática. Em 1904, com 17 anos, Ramanujan estudou a série harmónica, S (1/n), e calculou a constante de Euler, gamma, até 15 casas decimais. Começou depois a estudar os números de Bernoulli onde fez descobertas importantes.
Com base no seu excelente desempenho escolar foi-lhe atribuída uma bolsa para a Universidade Estatal em Kumbakonam. No entanto, no ano seguinte, a bolsa não foi renovada porque Ramanujan dedicava cada vez mais tempo à matemática e descurava as restantes disciplinas. Nesta altura, Ramanujan dedicava-se às séries hiper geométricas e às relações entre integrais e séries. Mais tarde, descobriu que tinha estado a estudar as chamadas funções elípticas. Em 1906, foi para Madras onde ingressou na Universidade de Pachayappa. O seu objectivo era passar o First Arts Examination o que lhe permitiria entrar para a Universidade de Madras. Frequentou as aulas mas adoeceu ao fim de três meses. Mais tarde, fez de facto o First Arts Examination tendo sido aprovado a matemática mas reprovado em todas as outras disciplinas e, deste modo, reprovado no exame. Este facto determinou o seu não ingresso na Universidade de Madras.
Nos anos seguintes continuou a fazer investigação em matemática sem qualquer tipo de ajuda. Nomeadamente, estudou fracções contínuas e séries divergentes. Entretanto, Ramanujan casou com S. Janaki Ammal, de 10 anos de idade, tendo ido viver com a esposa só depois de ela completar 12 anos de idade.Ramanujan continuou a desenvolver as suas ideias e começou a apresentar e a resolver problemas no Jornal da Sociedade Indiana de Matemática. Após a publicação de um brilhante trabalho sobre os números de Bernoulli, Ramanujan conquistou algum reconhecimento. No ano de 1911, pediu ao fundador da Sociedade Indiana de Matemática para lhe aconselhar um possível emprego, tendo no entanto conseguido apenas um posto temporário no Gabinete Geral de Contabilidade em Madras.
Mais tarde, conheceu Ramachandra Rao, colector de impostos em Nellore e membro fundador da Sociedade Indiana de Matemática. Ramachandra Rao aconselhou-o a regressar a Madras e tentou, sem sucesso, arranjar-lhe uma bolsa. Em 1912, Ramanujan concorreu para o posto de escriturário na contabilidade do "Madras Port Trust". No processo da sua candidatura, aparece também uma recomendação de E. W. Middlemast, professor catedrático de matemática no Presidency College, em Madras e que se tinha formado na Universidade de St. John, em Cambridge. Com base nesta recomendação, Ramanujan foi escolhido para o lugar de escriturário e começou a trabalhar. Teve a vantagem de poder trabalhar com pessoas com bons conhecimentos matemáticos que, apesar de não compreenderem bem os seus trabalhos, reconhecem o seu mérito. É também nesta altura que lhe é dada alguma bibliografia, entre a qual uma cópia do livro "Orders of infinity" de G. H. Hardy. A leitura deste livro interessou-o tanto que Ramanujan decide escrever uma carta a Hardy para apresentar o seu trabalho. Hardy, juntamente com Littlewood, estudou a longa lista de teoremas sem demonstração que Ramanujan lhe tinha enviou. E, a 8 de Fevereiro.

A Universidade de Madras deu de facto uma bolsa a Ramanujan por dois ano e, em 1914, Hardy trouxe Ramanujan para o Trinity College de Cambridge onde os dois deram inicio a uma frutuosa relação de trabalho. Esta mudança de vida não foi fácil. Ramanujan era Brahman, e portanto vegetariano, e a deslocação para Inglaterra originou um agravamento dos seus problemas de saúde. No entanto, a colaboração entre Ramanujan e Hardy conduziu desde o inicio a resultados importantes. Hardy estava consciente da singularidade da formação matemática de Ramanujan e interrogava-se sobre o que poderia fazer para a melhorar. A solução encontrada consistiu em encarregar Littlewood de ensinar métodos matemáticos rigorosos a Ramanujan. Após o começo da guerra, Littlewood foi chamado para cumprir serviço militar. Hardy permaneceu em Cambridge para trabalhar com Ramanujan. Ramanujan esteve doente e, como tal, não publicou nada. Mas a colaboração com Hardy prosseguiu e, em 1916, Ramanujan recebeu o título de "Bachelor of Science by Research", grau que se passou a ser considerado equivalente a Doutoramento a partir de 1920. A tese apresentada foi sobre "Números altamente compostos" e consistia em sete dos seus artigos publicados em Inglaterra.Mais tarde, Ramanujan ficou novamente doente tendo passado a maior parte do tempo em clínicas.

Nesta mesma altura, Ramanujan foi eleito membro da Sociedade Filosófica de Cambridge e, recebeu a maior honra da sua vida: o seu nome foi proposto à eleição para a Royal Society de Londres por um conjunto impressionante de matemáticos, nomeadamente, Hardy, MacMahon, Grace, Larmor, Bromwich, Hobson, Baker, Littlewood, Nicholson, Young, Whittaker, Forsyth e Whitehead. A sua eleição como membro da Royal Society teve lugar a 2 de Maio de 1918 e a 10 de Outubro desse mesmo ano foi eleito membro por seis anos do Trinity College de Cambridge. As honras prestadas a Ramanujan pareceram ajudar o seu estado de saúde tendo-lhe permitido renovar esforços para produzir mais resultados matemáticos. No fim de Novembro de 1918, a sua saúde tinha melhorado substancialmente.

Ramanujan partiu para a Índia em 1919. O seu estado de saúde era porém bastante frágil e, apesar do tratamento médico, viria a falecer no seu país no ano seguinte.
As cartas que Ramanujan escreveu a Hardy em 1913 continham resultados fascinantes. Ramanujan resolveu as séries de Riemann, integrais elípticos, séries hipergeométricas e equações funcionais da função zeta. Como tinha apenas uma vaga ideia do que é uma demonstração matemática, apesar de muitos resultados brilhantes, alguns dos seus teoremas estavam completamente errados.

A sua obra está sobretudo ligada à teoria dos números, uma área que tem na sua origem a resolução de problemas com uma formulação relativamente simples. Ramanujan descobriu resultados de Gauss, Kummer e de outros nas séries hipergeométricas. O trabalho sobre as somas parciais e o produto de séries hipergeométricas levaram a grandes desenvolvimentos posteriores. O seu trabalho mais famoso foi porém sobre o número p(n) que significa o número de modos de decompor um inteiro n em somas. Macmahon construiu tabelas do valor p(n) para números pequenos n, e Ramanujan usou estes dados para deduzir umas propriedades espantosas, algumas das quais foram demonstradas com funções elípticas. Num trabalho conjunto com Hardy, Ramanujan apresentou uma fórmula assimptótica de p(n). Esta fórmula tinha a espantosa propriedade de aparentemente dar o valor correcto de p(n), o que foi demonstrado mais tarde por Rademacher.Ramanujan deixou uma série de livros de notas inéditos repletos de teoremas que até hoje os matemáticos continuam a estudar. G. Watson, Professor de matemática pura em Birgingham de 1918 a 1951, publicou 14 trabalhos sob o título "Teoremas apresentados por Ramanujan". Hardy passou para Watson um grande número de manuscritos de Ramanujan que estavam na sua posse, alguns escritos antes de 1914 e outros no último ano de Ramanujan na Índia, antes da sua morte.

O Demônio de MAXWELL



James Clerk Maxwell, um dos maiores cientistas dos últimos 150 anos, como todo gênio, tinha muita criatividade para descrever suas idéias inovadoras. Em 1867, ele descreveu a possibilidade de se construir uma nano-máquina, um dispositivo de dimensões atômicas que seria capaz de aprisionar moléculas à medida em que caminhasse numa direção específica.
Esse robô microscópico recebeu o nome de "Demônio de Maxwell". Essa tradução já é largamente utilizada, embora o termo original ("Maxwell Demon") não tenha essa "conotação demoníaca" - "demon" está mais para capetinha ou criança travessa (o termo com o sentido de demônio em inglês é "daemon"). Se Maxwell tivesse idealizado um saci, talvez uma peneira arremessada sobre um redemoinho tivesse bastado. Mas um capetinha, ou demônio, teve que esperar 140 anos.
Em 2007, pesquisadores da Universidade de Edinburgo, Escócia, finalmente conseguiram construir o Demônio de Maxwell, ou, mais propriamente, a nanomáquina de Maxwell.
Talvez em 1867 a idéia pudesse soar como uma curiosidade científica ou como alimento para escritores de ficção. Mas hoje, em plena revolução da nanotecnologia, o "capetinha" poderá permitir, por exemplo, que raios laser movam objetos remotamente.



Como previsto, a nanomáquina consegue aprisionar moléculas à medida em que se move. A energia dessas moléculas aprisionadas poderá um dia ser utilizada para mover objetos sólidos à distância.
"[...]a máquina precisa de energia e em nosso experimento ela foi alimentada por luz. Embora a luz já tenha sido usada para energizar partículas minúsculas diretamente, esta é a primeira vez que um sistema foi desenvolvido para aprisionar moléculas à medida em que ele se move numa certa direção seguindo seu movimento natural. Uma vez aprisionadas, as moléculas não conseguem escapar," diz o cientista David Leigh.
Aplicações dessa máquina nanotecnológica poderão incluir a utilização das moléculas aprisionadas para gerar uma força que atuará sobre objetos sólidos, utilizando-se, por exemplo, uma caneta a laser como fonte primária de energia.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Telescópio Hubble Divulga Imagens de Região a 170 mil Anos-Luz

A Nasa divulgou imagens de uma região a 170 mil anos luz para celebrar as 100 mil órbitas terrestres do observatório espacial "Hubble", lançado há 18 anos.
Segundo informou o "Laboratório de Propulsão a Jato" ("JPL"), se trata da nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074.
"A região é uma tempestade da pura criação de estrelas, talvez impulsionadas pela explosão de uma supernova nas cercanias", disse o órgão da Nasa em comunicado.
Essa região se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, que o "JPL" qualifica como "um satélite da Via Láctea" e "um fascinante laboratório para a observação de regiões de formação de estrelas e sua evolução".
O "Hubble", que foi colocado em órbita no dia 25 de abril de 1990, realizou sua órbita número 100 mil quando foram intensificados os preparativos para uma missão que fará consertos e melhorará sua capacidade em outubro.
O telescópio espacial deve seu nome ao astrônomo americano Edwin P. Hubble, autor da teoria da expansão do universo, que morreu em 1953.

domingo, 3 de agosto de 2008

Eclipse Lunar de 16 de Agosto de 2008

Em um Eclipse Lunar a Lua "funciona" como uma tela onde é projetada a sombra da Terra. Todos ao longo de nosso planeta que estiverem vendo a Lua, em um determinado instante, estarão vendo o mesmo Eclipse. Entretanto, enquanto o Eclipse vai acontecendo a Terra vai girando e a Lua vai nascendo para uns e se pondo para outros.


No mapa acima, quem estiver em alguma localidade sobre a linha P1 (à esquerda da região de visibilidade total), verá a Lua nascer no início da primeira fase Penumbral; quem estiver sobre a linha U1 (também à esquerda da região de visibilidade total), verá a Lua nascer no início da fase parcial; quem estiver sobre a linha U4 (também à esquerda), verá a Lua nascer no final da fase parcial; . . .
Dia 16 próximo, teremos um eclipse lunar. Do território brasileiro não veremos o início desse eclipse. A Lua nascerá para nós com o eclipse já acontecendo. Se por um lado, perderemos mais de uma hora de apreciação do fenômeno, por outro lado isso nos permitirá ver o eclipse com a Lua bem próxima à linha do horizonte. A ilusão que temos que a Lua é maior quando a vemos próxima ao horizonte será um fator a mais que contribuirá para aumentar a beleza do fenômeno. Prepare-se para observar um lindo eclipse.
O Eclipse de 16 de agosto será um Eclipse Lunar Parcial. Em seu máximo a Lua ficará com 81% de seu disco mergulhado na sombra da Terra.
Nós brasileiros não veremos o início desse eclipse. A Lua nascerá em nosso território, no inicinho da noite, com o eclipse já acontecendo.
Em Belo Horizonte a Lua nascerá às 17:50h, um pouco antes do máximo do Eclipse que acontecerá às 18:10h.
Às 19:45h teremos o fim da fase de parcialidade. A segunda fase penumbral (muito difícil de ser observada pelo leigo) vai até às 20:57h.
Teremos assim quase duas horas (das 17:50 às 19:45h) para apreciarmos esse que promete ser um belo fenômeno. (Lembre-se que veremos a Lua eclipsada bem próxima à linha do horizonte).
O último eclipse da Lua que ocorreu foi um eclipse total, totalmente visível de nosso país, em fevereiro passado. Depois do eclipse do dia 16 próximo, teremos um outro eclipse parcial, não visível do Brasil, em dezembro de 2009. De nossa região do planeta só veremos um outro eclipse lunar (também parcial) em junho de 2010. Um total, somente em dezembro de 2010.