O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloisio Teixeira, quer que o novo Enem passe a ser a primeira fase do vestibular da UFRJ já este ano. Para o reitor, o novo exame democratizará o acesso à universidade. O que o senhor achou da proposta do MEC?
ALOISIO TEIXEIRA: Estou entusiasmado. Mesmo antes de tomar posse como reitor, eu já havia declarado guerra ao vestibular. Qual o problema do vestibular?
TEIXEIRA: É um dos mecanismos mais perversos pelo qual a universidade brasileira, e a pública em particular, se torna instrumento de exclusão social. Não é a questão da decoreba, da múltipla escolha. Qualquer que seja o formato, ele é instrumento para não permitir o ingresso de parcelas imensas da nossa juventude na universidade. Como assim?
TEIXEIRA: O vestibular não oferece igualdade de oportunidades. Ele avalia o mérito de forma restrita. Quase 70% dos jovens que se formam no nível médio no Rio de Janeiro vêm da rede pública. No vestibular da UFRJ, mais de 60% dos candidatos são de escolas privadas. O senhor quer dizer mais de 60% dos ingressantes...
TEIXEIRA: Não, dos que se inscrevem. Dos que entram, é pior ainda. Isso mostra que a maior parte dos jovens que se forma no ensino médio do Rio sequer se inscreve no vestibular da UFRJ. De que maneira o novo Enem pode contribuir para mudar essa realidade?
TEIXEIRA: O fato de termos um exame único, que se faz para o conjunto dos jovens que estão concluindo o ensino médio, cria um fator de equalização. Todos os jovens que se formarem estarão fazendo essa prova. Isso já muda a natureza do exame.
ALOISIO TEIXEIRA: Estou entusiasmado. Mesmo antes de tomar posse como reitor, eu já havia declarado guerra ao vestibular. Qual o problema do vestibular?
TEIXEIRA: É um dos mecanismos mais perversos pelo qual a universidade brasileira, e a pública em particular, se torna instrumento de exclusão social. Não é a questão da decoreba, da múltipla escolha. Qualquer que seja o formato, ele é instrumento para não permitir o ingresso de parcelas imensas da nossa juventude na universidade. Como assim?
TEIXEIRA: O vestibular não oferece igualdade de oportunidades. Ele avalia o mérito de forma restrita. Quase 70% dos jovens que se formam no nível médio no Rio de Janeiro vêm da rede pública. No vestibular da UFRJ, mais de 60% dos candidatos são de escolas privadas. O senhor quer dizer mais de 60% dos ingressantes...
TEIXEIRA: Não, dos que se inscrevem. Dos que entram, é pior ainda. Isso mostra que a maior parte dos jovens que se forma no ensino médio do Rio sequer se inscreve no vestibular da UFRJ. De que maneira o novo Enem pode contribuir para mudar essa realidade?
TEIXEIRA: O fato de termos um exame único, que se faz para o conjunto dos jovens que estão concluindo o ensino médio, cria um fator de equalização. Todos os jovens que se formarem estarão fazendo essa prova. Isso já muda a natureza do exame.
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