Alguns dos sistemas do superacelerador de partículas acionado na quarta-feira para simular o momento da criação do Universo foram desenvolvidos com a colaboração de cientistas brasileiros. Pesquisadores da Coppe/UFRJ, por exemplo, atuaram em estudos de calorimetria, filtragem de dados e computação, além de terem ajudado a construir circuitos para registrar o choque entre prótons que vai tentar reproduzir o Big Bang num anel de 27 quilômetros de circunferência, a cem metros de profundidade, na fronteira da França com a Suiça.
- Quando começamos no projeto, há 20 anos, não havia tecnologias de detecção e de eletrônica para experimentos que começam agora - diz o professor José Manoel Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe e um dos coordenadores do grupo de brasileiros que atua na Organização Européia de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo projeto do acelerador Large Hadron Collider (LHC, na sigla em inglês).
- Quando começamos no projeto, há 20 anos, não havia tecnologias de detecção e de eletrônica para experimentos que começam agora - diz o professor José Manoel Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe e um dos coordenadores do grupo de brasileiros que atua na Organização Européia de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo projeto do acelerador Large Hadron Collider (LHC, na sigla em inglês).
Seixas diz que a integração de cientistas de todo o mundo proporcionou o desenvolvimento de tecnologias em diversos setores, além do projeto, como diagnóstico médico, sistema financeiro e gerência de informações. Cerca de dez mil cientistas de 180 instituições de pesquisa em 50 países participam da experiência, que busca encontrar a origem das massas das partículas e decifrar a origem do Universo.
- A troca de conhecimento e a cooperação científica no desenvolvimento do LHC estimulou a pesquisa de novas técnicas de detecção, processamento de sinais e análises de dados - diz Seixas.
Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) também participam do ambicioso projeto e comemoraram a conclusão bem-sucedida do primeiro teste. Críticos que tentaram impedir o acionamento do LHC temiam a formação de um buraco negro - uma força gravitacional tão forte que engoliria o universo. Mas cientistas provaram que esse é um processo natural que não ameaça.
"Esses processos que a gente vai criar aqui em laboratório de forma controlada ocorrem o tempo todo, em escalas de energia muito maiores do que a gente consegue realizar aqui no laboratório e com uma freqüência muito maior também na natureza. Certamente o universo está aí há bilhões de anos e não foi destruído até hoje", explicou o físico André Sznajder, da Uerj e da Cern. A previsão é de que os resultados sejam divulgados apenas no ano que vem. Os primeiros choques de prótons - uma das partículas que formam o átomo - só devem acontecer em alguns meses. Na fração de segundo que se segue a esta explosão, os prótons dever ser divididos em partículas muito menores. Algumas nunca puderam ser vistas, embora sejam a base teórica da física de partículas.
Entre elas, está o Bóson de Higgs, também chamado de "A partícula de Deus", que seria a responsável pela criação da matéria. A comprovação de sua existência ajudaria a explicar por que as massas são tão diversas.
- O principal objetivo é encontrar o Higgs - diz o brasileiro Alberto Santoro, coordenador do grupo da Uerj que participa da experiência.
- A troca de conhecimento e a cooperação científica no desenvolvimento do LHC estimulou a pesquisa de novas técnicas de detecção, processamento de sinais e análises de dados - diz Seixas.
Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) também participam do ambicioso projeto e comemoraram a conclusão bem-sucedida do primeiro teste. Críticos que tentaram impedir o acionamento do LHC temiam a formação de um buraco negro - uma força gravitacional tão forte que engoliria o universo. Mas cientistas provaram que esse é um processo natural que não ameaça.
"Esses processos que a gente vai criar aqui em laboratório de forma controlada ocorrem o tempo todo, em escalas de energia muito maiores do que a gente consegue realizar aqui no laboratório e com uma freqüência muito maior também na natureza. Certamente o universo está aí há bilhões de anos e não foi destruído até hoje", explicou o físico André Sznajder, da Uerj e da Cern. A previsão é de que os resultados sejam divulgados apenas no ano que vem. Os primeiros choques de prótons - uma das partículas que formam o átomo - só devem acontecer em alguns meses. Na fração de segundo que se segue a esta explosão, os prótons dever ser divididos em partículas muito menores. Algumas nunca puderam ser vistas, embora sejam a base teórica da física de partículas.
Entre elas, está o Bóson de Higgs, também chamado de "A partícula de Deus", que seria a responsável pela criação da matéria. A comprovação de sua existência ajudaria a explicar por que as massas são tão diversas.
- O principal objetivo é encontrar o Higgs - diz o brasileiro Alberto Santoro, coordenador do grupo da Uerj que participa da experiência.
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