quinta-feira, 7 de maio de 2009

Alunos de Escolas Técnicas Federais são quase que totalmente absorvidos pelo Mercado de trabalho


Uma pesquisa do Ministério da Educação (MEC) mostra que, 72% do total de alunos de nível médio que entre 2003 e 2007 estudaram em escolas técnicas federais estão empregados. Desses, 65% trabalham em sua área de formação. O estudo revelou também, que 75% trabalha mais de 40 horas semanais e com baixa remuneração: 57% dos entrevistados ganham até três salários mínimos (R$ 1.395). A diferença entre os gêneros também fica evidente: 74% dos homens estão empregados contra 66% das mulheres. O estudo foi realizado junto a 2.657 ex-alunos de 130 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Dos estudantes egressos da Rede Federal, público alvo da pesquisa, 84% cursaram o ensino médio em escola pública e 68% cursaram o ensino fundamental em instituições públicas.
A continuidade dos estudos e a adequação da formação profissional recebida também foram tema da pesquisa nacional de egressos dos cursos técnicos da rede federal de educação profissional e tecnológica. O percentual dos que qualificaram a formação recebida como boa e ótima foi de 90%.
- Os resultados da pesquisa comprovam o grau de excelência da rede federal de educação profissional e tecnológica. Essa mesma rede, que se destaca nos exames oficiais de avaliação (Enem e Enade), agora demonstra a empregabilidade e inserção dos seus alunos em suas respectivas regiões de formação e a valorização profissional -afirma Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do MEC.

Brasil passa ocupar a 13 Posição no Ranking Mundial Científico

O Brasil subiu no ranking da ciência. De acordo com a avaliação anual feita pela National Science Indicators (NSI), uma das maiores bases de dados científicos do mundo, o país atingiu o 13 lugar na classificação global em produção científica em 2008, duas acima da colocação obtida em 2007. O resultado coloca o país à frente de nações como Rússia (15) e Holanda (14), mas atrás de outros países emergentes, como China (2) e Índia (10). No topo do ranking, estão os Estados Unidos.
- Esse resultado pode ser atribuído a uma série de fatores, envolvendo a atuação de centros de pesquisas, universidades, o ministério de Ciência e Tecnologia e o ministério da Educação, entre outros - afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, antes de uma solenidade na Academia Brasileira de Ciências. - Devem ser citadas a expansão da rede de ensino superior e a substituição de professores temporários por efetivos.
Pela avaliação da NSI, o Brasil teve 30.451 artigos publicados em revistas científicas em 2008, contra 19.436 publicações em 2007. O número, porém, ainda é bastante distante daquele produzido nos Estados Unidos (340.638 publicações). A produtividade científica é medida por publicações nas chamadas revistas indexadas, que têm regras de publicação rigorosas e passam pela revisão de especialistas.
Número de patentes ainda é baixo
O retrato da NSI mostra também que o país contribuiu com 2,12% de todos os artigos científicos produzidos por 183 países, 2,9 vezes abaixo da Alemanha (terceira colocada no ranking), 2,6 da Inglaterra (quinta colocada) e 2,1 da França (sexta).
- Para termos atingido esse patamar, deve ser dado crédito também ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - disse Haddad. - A expansão das bolsas de estudos e das oportunidades de doutorado também contribuíram para chegarmos a essa posição no ranking da produção científica mundial.
Segundo o ministro, o desafio das autoridades agora é transformar essa evolução em tecnologia.
- Falta atingirmos esse equilíbrio, levar a teoria para a prática.
Esse nó se reflete numa discrepância admitida pelo próprio ministro: o número de patentes depositadas no país, que ainda é bastante baixo. Em 2008, o Brasil respondia por somente 0,06% das patentes registradas nos EUA, contra 0,79% da Coreia do Sul, 1,31% da Itália, 2,96% da França e 22,67% do Japão.
- De fato, o nosso número de patentes é precário - reconheceu o ministro. - Essa questão é, sem dúvida, um problema.
Para resolver isso, o ministro aposta na Lei de Incentivo à Pesquisa para impulsionar a produção tecnológica no país.
- A lei, regulamentada em 2008, é o mecanismo perfeito para fazermos essa tradução de conhecimento científico em produção tecnológica. Já tivemos a aprovação e liberação de R$ 20 milhões para projetos científicos e esperamos chegar a R$ 150 milhões em breve. Temos espaço para avançar nesse sentido.

Novos Telescópios Planck e Herschel estudarão a origem do UNIVERSO

Um par de telescópios espaciais que será lançado semana que vem promete ajudar a responder a algumas das maiores questões sobre o Universo, coisas como o surgimento e o destino do próprio Cosmo, como mostra matéria publicada nesta terça-feira no jornal O Globo. Desenvolvidos pela Agência Espacial Europeia (ESA), eles estão equipados para analisar os lugares mais profundos do Universo para tentar iluminar a criação da matéria, desde o começo do Cosmo, há cerca de 13,7 bilhões de anos, ao surgimento de estrelas, galáxias e planetas. Com isso, esperam enxergar o futuro.
Um dos telescópios, chamado Planck, irá estudar num nível de detalhes sem precedentes uma espécie de radiação "fossilizada", uma relíquia do Big Bang. A análise poderá explicar se o Universo realmente se formou por meio de um processo de rápida expansão, chamado inflação, nas primeiras frações de segundo depois do Big Bang. O nome do Planck é uma homenagem ao físico alemão Max Planck, cujo trabalho sobre radiação ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1918.
O segundo telescópio se chama Herschel. Ele irá concentrar sua atenção na radiação infravermelha, invisível, emitida por regiões de formação de estrelas das galáxias, na esperança de explicar como objetos celestes, de estrelas como o Sol a planetas como a Terra, podem se originar a partir de nuvens de gases, poeira e detritos cósmicos.
- Os dados obtidos irão nos ajudar a testar as teorias sobre o Big Bang e podem mudar completamente a nossa compreensão sobre a origem e o desenvolvimento do Universo. Poderemos até prever o nosso futuro - afirmou George Efstathiou, professor da Universidade de Cambridge.
Os telescópios serão lançados da base de Kourou, na Guiana Francesa, em 14 de maio.