sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Oitava Semana Acadêmica do IFFluminense Itaperuna



Contagem regressiva para a 8ª Semana Acadêmica IFF Itaperuna - Instituto Federal Fluminense Campus Itaperuna!!
As inscrições para as palestras, oficinas e minicursos que fazem parte da programação do evento começam na segunda-feira, dia 2 de setembro.
Não perca tempo!! A programação completa já está disponível no site do evento. Quer saber mais? Acesse: https://bit.ly/2UkpERV

Os Ciclos de Milankovicth





Milutin Milankovitch foi um engenheiro e geofísico sérvio. Esse astrofísico sérvio é conhecido por desenvolver uma das teorias mais significativas relacionadas aos movimentos da Terra e as mudanças climáticas a longo prazo.




A variação orbital ou ciclo de Milankovitch ocorre periodicamente, fazendo com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. Esta variação provoca as variações glaciais, que são períodos de longos verões e longos invernos.

A teoria de Milankovitch é baseada nas variações cíclicas destes 3 elementos que ocasionam variações da quantidade de energia solar que chega a Terra desencadeando a entrada numa era glacial ou interglacial.



– Excentricidade da Órbita – A forma da órbita da Terra ao redor do sol (excentricidade) varia entre uma elipse e uma forma mais circular

                    

– Obliquidade do Eixo de Rotação – O eixo da Terra é inclinado em relação ao sol em aproximadamente 23º. Esta inclinação oscila entre 22,5º e 24,5º. (quando a inclinação é maior as estações são mais extremas -os invernos são mais frios e os verões mais quentes. E quando a inclinação é menor as estações são mais suaves).

                                

– Precessão – Conforme a Terra gira em torno de seu eixo, o eixo também oscila entre um sentido apontando para a estrela do Norte, e outro apontando para a estrela.

Alterações na quantidade de energia do sistema climático podem levar à mudanças significativas em seus componentes.
Nos últimos três milhões de anos, o sistema climático entrou em uma fase de ciclos regulares de eras do gelo. A descoberta das glaciações estabeleceu as bases para o estudo das mudanças climáticas e suas explicações.
Evidências sugerem que as glaciações estão associadas à variações na insolação da luz solar. Essa variações são provocadas por alterações na inclinação (letra T da imagem acima) e na precessão (letra P) do eixo terrestre, e por alterações na excentricidade da órbita (letra E).
As alterações na inclinação, precessão e órbita podem ser calculadas com precisão astronômica e são denominadas como ciclos de Milankovitch. Os ciclos provocam uma mudança na distribuição da quantidade de radiação solar recebida em cada latitude, em cada estação do ano. A quantidade média de radiação que chega no planeta continua a mesma.
A hipótese é de que a quantidade de radiação solar durante o verão do hemisfério norte é crucial para iniciar as glaciações. Quando, nos ciclos de Milankovitch, o hemisfério norte passa a ser banhado, durante o verão, por uma quantidade de radiação solar abaixo de um nível crítico, a neve do inverno deixa de ser completamente derretida. Dessa forma, a neve se acumula de um ano para o outro, e uma camada de gelo começa a se formar.
Há, no entanto, outro fator que contribui para a formação das eras do gelo. Dados obtidos em registros paleoclimatológicos, como núcleos de gelo, indicam que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono – CO2 – diminuem nas glaciações e sobem nos períodos interglaciais.
Uma vez que o CO2 é um gás de efeito estufa, a alteração de suas concentrações atmosféricas interferem na quantidade de energia emitida para o espaço na forma de radiação infravermelha.
O resfriamento inicial do sistema climático, condicionadas pelos ciclos de Milankovitch, é subsequentemente amplificado pela queda na concentração de CO2. O aquecimento global, no final da glaciação, é intensificado pelo aumento do CO2 da atmosfera.