quinta-feira, 21 de julho de 2016

Japão mantém estação de trem para uma única usuária ir à escola


Uma companhia de trens japonesa resolveu preservar aberta a estação de Kami-Shirataki, localizada em Hokkaido.

A curiosidade é que a estação funciona apenas para uma pessoa: a adolescente Kana Harada.

A remota estação, que se encontra a 80 quilômetros de distância da parada inicial, funciona duas vezes ao dia: de manhã, às 7h04m, e de tarde às 17h08m, apenas nos dias em que Kana tem aulas e com o horário ajustado para que ela realize o trajeto entre sua casa e a escola.
A companhia Hokkaido Railway Co’s, que administra os trens da região, tem sido muito elogiada pelos usuários devido ao gesto de respeito e bondade. A princípio, em 2012, a decisão era de fechar a estação devido à falta de uso e à localização remota. No entanto, após uma investigação, eles descobriram que a parada era usada diariamente por apenas uma menina. Logo, a empresa decidiu que a estação ficaria aberta até março de 2016, quando Kana Harada se formou.

A jovem utiliza a estação há três anos e já expressou a sua tristeza ao lembrar que ela irá fechar em breve. “Eu fico triste por pensar que ela vai desaparecer, mas me sinto muito agradecida por tudo”, afirmou em um vídeo disponibilizado pelo Daily Mail.

A história da menina é comovente e o gesto bondoso da empresa é um modelo a ser seguido.

fonte jornal ciência

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Google constrói computador quântico 100 milhões de vezes mais rápido que um PC


A nova plataforma é capaz de resolver problemas 100 milhões de vezes mais rápido do que um PC convencional.

Ao contrário dos computadores regulares que codificam dados para bits que pode conter tanto “1” ou “0”, os computadores quânticos usam bits quânticos que podem processar ‘1’ e ‘0’ simultaneamente.
Usando técnicas especiais para manipular unidades de informação quântica, isso permite que o computador possa realizar toda uma série de cálculos matemáticos, tudo ao mesmo tempo.
Conhecido como ‘D-Wave X2’, o supercomputador quântico do gigante das buscas aproveita esses métodos para realizar um processamento chega a velocidades de até 100 milhões de vezes mais rápido que um computador padrão.

Para construir o computador quântico, o Google contou com a parceria da NASA, Para o diretor de exploração Rupak Biswas, esta tecnologia disruptiva poderia mudar a forma como fazemos tudo atualmente.

Esta chegando a quinta Semana Acadêmica do IFF campus Itaperuna !!!!!


Mais um prêmio internacional recebido por um matemático brasileiro!





O Acadêmico Marcelo Viana - que, no dia 8 de junho, se tornou o primeiro brasileiro a ganhar o Grande Prêmio Científico Louis D. da França - esteve no Colégio Cruzeiro, no Rio de Janeiro, para falar sobre a área que o levou a receber a maior distinção do país europeu para a pesquisa científica: a matemática. O evento "Encontro com as profissões", voltado para alunos do ensino médio, aconteceu em meados de maio.
O pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) falou sobre a sua profissão de uma forma leve e agradável aos estudantes, que tiveram a oportunidade de entender melhor sobre o que faz um matemático. Para isso, citou o professor Paul Lockhart: "Fazer matemática sempre deveria significar encontrar padrões e construir explicações bonitas e significativas".  E completou: "Essa frase é um pouco misteriosa, então decidi concretizar essa ideia". 

Dominó para explicar a matemática

Assim, Viana chamou três alunos para participarem de uma demonstração prática. Cada um recebeu peças de dominó - um recebeu o jogo completo, outro recebeu as peças até a numeração 5 e o terceiro recebeu as peças até a numeração 4. O objetivo era que cada um conseguisse fechar um círculo usando todas as peças uma vez só.  
O aluno que tinha as peças até a numeração 5 foi o único que não conseguiu fechar o círculo. Viana afirmou que isso seria de fato impossível, e explicou com uma história do século 18 sobre a cidade de Königsberg, na Prússia, em que a população buscava meios de fazer um percurso que passasse por todas as pontes do centro apenas uma vez. As pessoas não conseguiram e chamaram um matemático, Leonhard Euler, para resolver o problema. Euler, por sua vez, afirmou que o percurso em questão não era possível porque tinha vértices ímpares, ou seja, para que fosse possível, seria necessário que cada ponto de saída tivesse um número par de caminhos.  

Transformando os caminhos em linhas e suas interseções em pontos, Euler criou, possivelmente, o primeiro grafo da história, nome das estruturas empregadas em um ramo da matemática que estuda as relações entre os objetos de um determinado conjunto. Assim, nasceu o teorema de Euler: um grafo possui percurso fechado passando exatamente uma vez por cada uma das arestas se, e somente se, todos os vértices são pares.  

Para que serve a matemática?

"O rosto de Euler está na nota de dez francos suíços, mas acredito que, mesmo sendo responsável pela teoria dos grafos, que movimenta bilhões de dólares por ano, ele não tenha ganhado nem dez francos por isso", comentou Viana. Hoje, a teoria dos grafos influencia diretamente sistemas inteligentes de transporte aéreo, planejamento de tráfego urbano, de redes de estradas, controle de epidemias e outras áreas.  

"Sem a matemática, não haveria novos fármacos, aviões, conta bancária, ressonância magnética, smartphones", afirmou Marcelo Viana. No Reino Unido, 10% dos empregos são ligados à matemática, e atividades ligadas a essa área correspondem a 16% do PIB. Na França, são 15% do PIB, e 9% dos empregos estão ligados à matemática. "A empregabilidade é excelente. Esses 9% não são empregos quaisquer, são cargos bons, com bons salários. Das 85 tecnologias que a França considera estratégicas, 37 são ligadas à matemática."  

Em 2015, a revista Forbes publicou um ranking das melhores profissões. As dez primeiras incluíam atuária (que liderou a lista), estatística, ciência de dados, engenharia de software e análise de sistemas computacionais - todas profissões ligadas à matemática. O ranking considera não apenas o salário, mas também as condições de trabalho. "No Brasil não existem estudos como esse, mas tudo leva a crer que as conclusões seriam parecidas", disse Viana.

Ele lembrou que, para se tornar engenheiro, é preciso ter um mínimo de expertise em matemática. "A Austrália tem 38,1% dos seus alunos no nível 4 ou superior na avaliação de matemática do PISA [o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. O Canadá, 43,3%, a Coreia do Sul, 51,8%, a China, 71,2%, e o Brasil tem 3,8%. É uma catástrofe." Quem tem expertise, disse Viana, é como se tivesse "um sexto sentido", e só 4% dos brasileiros têm. "Então há um nicho enorme para quem quiser atuar nessa direção."  
O pesquisador informou que, se o Brasil subisse 25 pontos na prova de matemática do PISA, o PIB seria multiplicado por 2,5. "E se subirmos 25 pontos nós não vamos chegar no nível da Finlândia, mas do México." Para conseguirmos isso, segundo Viana, não precisamos inventar a roda, basta repetir o que outros países já fizeram. "Temos um sistema de educação gigantesco, 246 mil escolas. É preciso investir na formação dos professores." Quase 40% dos professores da rede pública que atuam nos anos finais dos ensinos fundamental e médio não têm formação para a matéria que ensinam, segundo dados do Censo da Educação Básica de 2015.  

Herói da matemática

Viana comentou com os estudantes sobre o Acadêmico Artur Ávila, também do Impa, que, há dois anos, ganhou o maior prêmio do mundo voltado para a matemática, a Medalha Fields (apelidada de "Nobel da matemática"), aos 34 anos. "Só é possível ganhar a Medalha Fields até os 40 anos, e isso acontece apenas uma vez a cada quatro anos. Então ganhar o Prêmio Nobel é moleza perto dela", brincou. Artur Avila foi o primeiro vencedor da Medalha que nasceu, cresceu e foi educado em um país em desenvolvimento. Tornou-se uma espécie de herói para os brasileiros.  

Ele também falou sobre o biênio da matemática no Brasil, que acontecerá em 2017 e 2018. O Rio de Janeiro receberá os dois principais eventos do mundo nessa área: a Olimpíada Internacional de Matemática, em julho de 2017, e o Congresso Internacional de Matemática (onde é entregue a Medalha Fields), em agosto de 2018.   

Julia Fragale, 17, foi uma das estudantes que participou do experimento de Viana. Ela contou que pensa em seguir a carreira de engenharia aeronáutica e se interessa por matemática: "Antes eu estudava em uma escola de artes e não gostava dessa matéria, mas, para entrar no Cruzeiro, precisei estudar muito matemática. Aí passei a entender e, quando você entende, você começa a gostar da coisa".  

Mais um prêmio para o Brasil


Sobre o Prêmio Louis D., Marcelo Viana contou que foi concedido pelo conjunto do trabalho que faz com sua equipe no Impa na área de sistemas dinâmicos, também chamada de Teoria do Caos, que estuda o modo que fenômenos evoluem no tempo - clima, aspectos da natureza, reações químicas etc. "É uma área que se desenvolveu muito no Brasil a partir dos anos 90, e é muito forte no Impa." Ele contou que outro fator a ser considerado foi o fato de seu projeto buscar aumentar a cooperação com a França, apoiando o intercâmbio e a mobilidade de jovens. 

Jovem monta observatório caseiro e flagra fenômeno raro no céu


Um adolescente de 16 anos de Campinas (SP) montou no quintal de casa um observatório astronômico amador com menos de R$ 200 e registrou uma série de sprites, que são descargas elétricas que ocorrem entre 50 e 80 quilômetros de distância da superfície da terra. O fenômeno é raro e geralmente observado com ajuda de satélites, segundo especialistas.
Lucas Mateus conta que montou o observatório com uma câmera usada em circuitos internos de segurança acoplada ao notebook da família. “Barato e eficiente”, justifica o apaixonado por astronomia.
Depois de montado o sistema, ele conseguiu com observadores mais experientes umas dicas para instalar um programa que grava qualquer movimento no céu. “Seis horas da tarde eu ligo ela e deixo até 6 horas da manhã”, explica  o jovem.
Mas, no dia 29 de maio ele acabou gravando as descargas elétricas conhecidas como sprites. “Foi na madrugada, eu acordei, e olhei pra ver o que o tinha capturado. Na hora que eu vi tinha uma imagem meio borrada, parecia o desenho de um mosquito (..) Fui pesquisar e descobri que era um sprite”, lembra o jovem.
“Para ver tem que ter uma tempestade com muitos relâmpagos entre 200 e 800 quilômetros daqui. Ele conseguiu isso e foi um grande feito. Ele pode se orgulhar do que ele fez”, afirma a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)  Fernanda São Sabbas, maior especialista em sprites da América Latina. As imagens dele rodaram o mundo em sites e redes sociais de observadores do céu.
A convite da EPTV, afiliada da TV Globo,  Lucas Mateus  e o pai foram conhecer um dos maiores telescópios de visitação. O observatório fica no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas.
“É muito raro a gente encontrar um jovem na sua idade interessado por ciências. Interessado como você está. Então, meus parabéns”, disse o astrônomo Júlio Lobo ao jovem durante a visita.
Lucas Mateus comentou que no telescópio profissional é possível ver as crateras da lua de perto. “Bem diferente do binóculo que eu usava; bem diferente, dá para ver de perto as crateras”, disse o garoto.

Mas questionado sobre o futuro, ele disse já ter traçado o que pretende fazer. “Quero ser astronauta, tirar uma foto da terra lá de cima”, finaliza.

Fonte G1

Em 14 de Agosto de 2016 dois anos que o matemático brasileiro Artur Avila ganhou a desejada Medalha Fields

As contribuições de Albert Einstein



Tamanhas foram as contribuições do alemão Albert Einstein para a física, que os pesquisadores têm grande dificuldade para apontar qual foi a mais importante. Todos, no entanto, são unânimes em afirmar que as descobertas de Einstein, que completaria 137 anos em 2016, revolucionaram a ciência moderna e causam grande impacto ainda hoje. Prova disso é a recente detecção das ondas gravitacionais previstas na Teoria da Relatividade há 100 anos. A descoberta abriu uma nova janela para o universo e inaugurou uma nova etapa para a ciência.
"As ondas gravitacionais vão revolucionar nosso conhecimento sobre o universo. Poderemos desvendar, por exemplo, o momento em que o universo surgiu", afirma o pesquisador Odylio Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas 
Odylio integra o grupo de cientistas responsável pela descoberta das ondas de Einstein. "Estamos no início do caminho, mas Einstein imaginou que a confirmação demoraria muito tempo para acontecer ou nem aconteceria", diz.
Em 2016, ainda sob o impacto da confirmação das ondas gravitacionais, é difícil falar de Einstein sem falar de Teoria da Relatividade.
"Porque foi, até agora, a maior descoberta da física do século 21. Só é possível comparar com Galileu, que descobriu um mundo novo quando apontou uma luneta para o céu", afirma o pesquisador Martin Makler, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCTI).  "Pensar em Einstein é pensar em relatividade, em gravidade e, como consequência, em cosmologia, buracos negros e, claro, ondas gravitacionais. Mas, se elas foram previstas há 100 anos, qual a grande descoberta? Uma coisa é previsão teórica, mas observar é outra, e isso só foi possível graças aos avanços tecnológicos sem precedentes", acrescenta.
É fato que Einstein é mais conhecido pela Teoria da Relatividade, mas suas "digitais" estão por toda parte. "Suas pesquisas foram fundamentais para o desenvolvimento da mecânica quântica, um dos pilares da física moderna e que levou à compreensão da estrutura da matéria e inúmeras aplicações", explica Makler.
Seu modelo para o efeito fotoelétrico, por exemplo, foi crucial para a mecânica quântica e lhe rendeu o Prêmio Nobel em 1921. Seus estudos sobre a emissão estimulada possibilitaram a invenção do raio laser, de máquinas modernas, como scanner e impressora, do CD e do DVD e de inúmeras aplicações à medicina. "Até o GPS é uma invenção que podemos vincular às contribuições de Einstein", diz o Odylio.
Gênio
Se é difícil para os pesquisadores apontar a maior contribuição do físico alemão para a ciência moderna, é ainda mais delicado sugerir uma característica da sua personalidade que o transformou em gênio.
"O segredo de Einstein é que ele era uma pessoa não convencional. Ele não se apegava a dogmas e, por isso, teve a audácia, a ousadia de pensar livremente", avalia Odylio, do Inpe.
Para Martin, do CBPF, à genialidade de Einstein soma-se o contexto histórico. "Ele viveu numa época em que se podia fazer uma revolução com algo relativamente simples. A dinâmica mudou. Hoje, física é big science, depende de tecnologia e experimentos. Mas a obra de Einstein foi única. Não teve ninguém igual", diz o pesquisador.

Fonte: MCTI


Um físico competindo na olimpíadas Rio 2016


Se você imagina que é impossível conciliar uma carreira esportiva de alta performance com estudos levados muito a sério, está enganado. E um australiano de 21 anos prova isso. Um dos favoritos à medalha de ouro nos 100m livre das Olimpíadas do Rio, Cameron McEvoy não só divide seu tempo entre as piscinas e a universidade, como participa de complexos projetos de física que alimentam seu sonho de, um dia, trabalhar na Nasa, a agência espacial norte-americana.
Por enquanto, McEvoy estuda na Austrália e impressiona nas piscinas. Neste ano, fez o terceiro melhor tempo da história nos 100m livre (47s04) nas eliminatórias de seu país para os Jogos Olímpicos. Detalhe: ele só fica atrás de César Cielo e Alain Bernard, que em 2009 baixaram da casa dos 47s usando os trajes tecnológicos, atualmente proibidos.
Parte desse sucesso ele dedica a uma característica que o fez se apaixonar pela física: o jeito analítico de ser. “Sou uma pessoa realmente analítica e isso sempre me ajudou na natação. Sempre analiso provas e como posso melhorar. Faço isso em todo treino desde os sete anos”, contou ao Daily Telegraph.
McEvoy também ama fazer contas. Seu gosto pelos números o levou à faculdade de física e matemática. Atualmente, ele participa de um projeto sobre nanodiamantes (!) e suas atividades atômicas sob o comando de um renomado físico. Seus sonhos se dividem entre medalhas olímpicas e a vontade de trabalhar na Nasa.
Enquanto isso não acontece, ele mescla as duas vidas. Neste ano, por exemplo, sua touca de natação tinha um símbolo diferente que chamou a atenção. McEvoy explicou. Era uma homenagem à primeira detecção direta de ondas gravitacionais geradas pela colisão e fusão de dois buracos negros, oscilações previstas por Albert Einstein, segundo relatos acadêmicos.
Suas fotos “normais” de um jovem no Instagram se misturam a imagens do espaço que o cativam diariamente. Não à toa, seu apelido é “O Professor”. Recentemente, ele mostrou um complexo cálculo para prever qual seria seu tempo perfeito nos 200m livre. A conclusão de McEvoy: “o experimento é totalmente diferente da teoria e com certeza não posso fazer isso”.
O australiano se diverte com a vida dividida, posa para fotos temáticas (como estudando no fundo da piscina) e aproveita as viagens que a natação lhe proporciona para conhecer, entre outras coisas, museus de física e matemática. Mas na viagem ao Rio de Janeiro, em agosto deste ano, seu maior objetivo será outro.

Fonte UOL

Com tetos solares, bairro alemão já produz quatro vezes mais energia do que consome



Alguém ainda tem dúvida de que esse é o caminho?

Limpa, segura e abundante, a energia solar está, sem dúvida, entre os mais sustentáveis e melhores meios para obter energia elétrica. E por falar em sustentabilidade, quantas soluções sustentáveis são possíveis em um único bairro, cidade ou comunidade? Uma grande prova disso é o vilarejo alemão conhecido como Schlierberg, que nos mostra que os alemães realmente entendem e levam a sério o tema.
As 59 residências que compõem o bairro de aproximadamente 11.000 m² (há ainda um edifício comercial, chamado de Sun Ship – Navio Solar) são feitas de madeira. Praticam o reuso de água de chuva, usam materiais ecológicos, isolamento térmico a vácuo e um ambiente livre de carros, pois todos ficam em um estacionamento no Sun Ship, também fazem parte do escopo e dão um show de respeito às pessoas e à natureza.
Mas não para por aí, a característica que mais chama a atenção em Schlierberg é sua eficiência. Extremamente bem projetada, a vila “usa e abusa” de telhados feitos com placas fotovoltaicas, que como resultado geram cerca 4 vezes mais energia elétrica do que o necessário para consumo próprio. Tamanha eficiência proporciona a não emissão de aproximadamente 500 toneladas de CO2 na atmosfera, segundo dados do próprio arquiteto responsável pelo projeto, Rolf Disch.


Conheça as células solares que podem gerar energia a partir da chuva


O grafeno tem sido objeto de programas de pesquisa em várias instituições acadêmicas em todo o mundo no que diz respeito aos benefícios para a energia renovável. O material é basicamente uma camada única de átomos de carbono dispostos numa estrutura de treliça que faz com que seja 10 vezes mais forte do que o aço, porém 1000 vezes mais leve do que uma folha de papel . Ele tem um grande potencial para o desenvolvimento de componentes elétricos, gadgets, energia, defesa e tratamento de água.
No que diz respeito aos potenciais benefícios para as energias renováveis, os pesquisadores descobriram que ele pode armazenar energia melhor do que o grafite, o que significa que ele pode ser usado para armazenamento de energia da bateria e/ou em células de combustível. Ele também pode ser usado para desenvolver revestimentos anti-reflexão de células solares.
Mais recentemente, pesquisadores da Ocean University of China, em Qingdao descobriram que o grafeno pode também ajudar a gerar energia a partir de gotas de chuva. Ele pode conseguir isto porque a chuva não são inteiramente constituídas por água, elas também contém uma série de sais que pode ser dividida em íons positivos e negativos. Isto por sua vez significa que uma reação química simples pode ser usada para explorar a energia, usando grafeno para separar os íons carregados positivamente, que inclui sódio, cálcio e amônio, a fim de gerar eletricidade. Normalmente, quando uma gota de chuva fica na superfície de um painel solar, os vários sais que estão na gota pode gerar um número de cargas desequilibradas. Os elétrons de ligação com íons carregados positivamente criam um efeito conhecido como a interação ácido-base de Lewis.
Na teoria, uma vez que, embora os painéis solares ainda geram energia em dias nublados, a quantidade de energia gerada é menor do que em dias de sol, se os pesquisadores podem desenvolver uma célula solar para todos os climas que gera eletricidade a partir da chuva, por exemplo, esta seria de grande ajuda para impulsionar a eficiência do painel de energia solar atual.
Os testes ainda estão em estágio inicial, mas os resultados têm sido promissores. Os pesquisadores conseguiram gerar centenas de microvolts durante a pesquisa, alcançando 6,53 de eficiência de conversão de energia solar-elétrica a partir de um painel solar personalizado. O processo envolveu a adição de uma camada de grafeno em uma célula solar sensibilizada, que foi então colocada sobre um suporte transparente de óxido indium, estanho e plástico. Isso permitiu a célula gerar energia tanto do sol, quanto da chuva.
Em essência, o que acontece é que os íons positivos se ligam ao grafeno formando uma camada dupla conhecida como um pseudocapacitor. A diferença de energia entre as duas camadas pode ser usada para gerar uma corrente elétrica. O problema é que os íons estão presentes em baixas concentrações nos pingos de chuva, por isso não é uma questão sobre como gerar eletricidade suficiente de baixas concentrações. Os pesquisadores estão agora trabalhando sobre a forma de como a tecnologia pode resolver a variedade de íons encontrados na chuva.

Outras formas de utilização do grafeno para aumentar a quantidade de energia renovável a partir da energia solar incluem a criação de um material que pode absorver o calor ambiente e luz.

fonte: Revista Angewandte Chemie

Italianos criam telha que já vem com placas solares


As empresas italianas Area Industrie Ceramiche e REM desenvolveram a Tegola Solare, uma telha cerâmica com células fotovoltaicas integradas. É uma alternativa sustentável que não atrapalha a estética original das telhas, como acontece muitas vezes com os painéis fotovoltaicos tradicionais, que são grandes e pesados.
Cada telha tem quatro células que transformam a luz solar em energia elétrica, e a fiação fica logo embaixo do telhado. A invenção pode gerar cerca de 3 kW de energia em uma área instalada de 40 m², o que já seria capaz de suprir as necessidades energéticas da residência.


As telhas fotovoltaicas são mais caras do que as placas convencionais, mas sua instalação é feita como a de qualquer outro telhado.

Fonte: Gazeta do Povo

Cimento que brilha no escuro pode substituir iluminação em estradas


No que depender do trabalho de José Carlos Rubio, as estradas nunca mais precisarão de iluminação. O pesquisador e Ph.D. da Universidade de Michoacan de San Nicolas Hidalgo, no México, estuda o cimento há nove anos. Após tanto esforço, ele encontrou uma maneira de produzir um piso capaz de emitir luz, com vida útil de cem anos.
Segundo Rubio, o maior problema enfrentado no processo foi o fato de o cimento ser um corpo opaco, que não permite a passagem de luz para o seu interior. Então, foi necessário um estudo mais profundo e diversas experiências até que a solução fosse encontrada.
O pesquisador explicou qual é a lógica por trás dessa invenção. O cimento é um pó que, ao ser adicionado à água, dissolve-se como um comprimido efervescente. Neste momento o material começa a se assemelhar a um gel muito forte e resistente, ao mesmo tempo, flocos cristalinos são formados, mas esses flocos são totalmente indesejados.



Para resolver o problema, Rubio se dedicou à mudança na estrutura do cimento, para eliminar os flocos e deixá-lo completamente em forma de gel, ajudando a absorver a energia do sol, devolvendo-a ao meio ambiente como luz. Este cimento “brilhante” é feito com base em areia e argila, tendo como único resíduo o vapor de água.
O cimento consegue absorver a energia do sol durante todo o dia, para permanecer iluminado por até 12 horas. Além disso, o pesquisador explica que é possível controlar a intensidade da luz, para evitar que o brilho atrapalhe ciclistas e motoristas, e o material pode ser azul ou verde. O melhor de tudo é a sua vida útil, de até cem anos.


A tecnologia está em fase de adaptação para comercialização e os cientistas também estudam a sua inclusão em gesso e outros produtos da construção civil, como alternativa natural para reduzir o consumo de energia elétrica na iluminação de ambientes.

Suecos criam máquina solar capaz de purificar até 600 litros de água/hora


O casal de empreendedores suecos Annika Johansson e Greger Nilsson, juntos criaram o kit de purificação de água Greenwater, que conta com a combinação de luz ultravioleta (UV) e energia solar.
O sistema de purificação elimina da água as bactérias patogênicas, vírus, amebas e parasitas, inclusive bactérias resistentes ao nosso cloro, tudo isso de maneira sustentável. O sistema tem capacidade para filtrar até 600 litros de água por hora, o que equivale a um consumo médio diário de 80 pessoas.
Usando energia solar, o sistema dispensa o uso da eletricidade vinda da rede convencional, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura, sem acesso à energia elétrica, por exemplo. Além do mais, o equipamento é portátil, tornando o transporte muito mais simples e até mesmo eficiente.
“As soluções da Greenwater podem ser aplicadas em diversos contextos: desde situações críticas, como catástrofes, em que a infraestrutura de uma região é devastada, não restando qualquer possibilidade de acesso à água potável, passando por países ou comunidades carentes de um sistema de água e esgoto, até empresas que estejam buscando soluções sustentáveis e inovadoras para o tratamento, seja para a entrada (Input) ou para a saída (Output), da água”, explica Greger Nilsson, responsável pela área de desenvolvimento da empresa.