sexta-feira, 17 de abril de 2009

Incrivel: Mais um assalto durante a aula na UFRJ

Imagens gravadas pelo circuito interno de TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) podem ajudar a polícia a identificar o assaltante que invadiu uma das salas do campus e assaltou alunas e uma professora do curso de Nutrição, na tarde de quinta-feira, segundo o site G1 .

De acordo com relato das vítimas, um homem, armado de uma pistola prateada, aparentando ter 1,75 m de altura, vestindo uma camiseta estampada e calça jeans, permaneceu na sala por cerca de 15 minutos.

As imagens mostram que um homem suspeito entrou pelo Bloco A às 16h01m e saiu às 16h15m. A identificação, através das imagens, está sendo feita por outras vítimas para confirmar se ele seria o assaltante.

O comandante do 17º BPM (Ilha do Governador), tenente-coronel Célio da Cunha Pedrosa, se reuniu com o prefeito da Cidade Universitária, professor Hélio de Mattos Alves, e ficou de reforçar o patrulhamento ostensivo na área.

Quatro alunos faziam prova dentro de uma sala do prédio de Ciências e Saúde da universidade, quando foram surpreendidos por pelo bandido armado. O ladrão levou diversos pertences dos estudantes e conseguiu fugir.

Assustados, os alunos afirmam que não há segurança suficiente no local. Eles reclamam ainda que as salas do curso de Nutrição, onde ocorreu o assalto da quinta-feira, ficam no subsolo do prédio, onde seria muito deserto. Segundo Thaís Estrela, do 2º período do curso, o medo é tão grande que é preciso organizar grupos sempre que uma menina quer se deslocar até o banheiro.

- A gente aqui no Campus não tem segurança. Ninguém faz ronda aqui pelo Campus, e qualquer um pode entrar sem crachá, sem nada. A gente vai ao banheiro juntas, pois temos medo de ir sozinhas. Sempre temos que chamar alguém para ir com a gente.

De acordo com o prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Mattos, esse foi o quarto assalto dentro de sala de aula registrado na universidade desde 2005. Em entrevista à Rádio CBN, Mattos afirmou que o diretor do prédio assaltado já contratou até segurança própria para o local, mas não há como controlar quem entra ou sai do edifício.

- No prédio circulam seis mil alunos todos os dias. Além disso, o edifício de Ciências e Saúde possui oito entradas e não tem porteiro. Desde 2005 a gente realiza campanhas de segurança no local, e já tentamos implementar o crachá, mas a comunidade universitária ainda resiste muito - afirmou Mattos.

Cerca de 65 mil pessoas circulam na Cidade Universitária por dia. Segundo Hélio de Mattos, a segurança é feita com três viaturas que fazem rondas pela universidade, além das câmeras de segurança. Ele admite, no entanto, que ainda é muito pouco.

- Há dois anos o reitor da universidade pediu ao governo federal autorização para realizar um concurso público para contratar mais cem seguranças para a Cidade Universidade. Hoje nós temos três viaturas que fazem rondas intensivas durante o dia inteiro. A Polícia Militar também ajuda com o que pode, mas a circulação dela é igual a de uma cidade mesmo, é difícil de controlar. Além disso, estamos aumentando o número de alunos - afirmou em entrevista à Rádio CBN

sexta-feira, 10 de abril de 2009

UFF realizará vestibular no meio do Ano para os novos cursos de Campos


A Universidade Federal Fluminense (UFF) realizará vestibular extraordinário no meio do ano. O concurso será para preencher 150 vagas oferecidas no polo universitário de Campos dos Goytacases para cursos de Economia, Geografia e Ciências Sociais. Os cursos foram recém criados e as aulas começam no segundo semestre deste ano. O edital deste concurso deve sair até o final de abril.
Em relação ao vestibular 2010, o cronograma deve ser similar ao do 2009. As inscrições devem ser realizadas entre início de agosto e início de setembro. A taxa de inscrição não deverá ser diferente da última (R$ 97). Mas, caso isso aconteça, será uma variação muito pequena. A oferta de vagas deve aumentar nos cursos já existentes e também está sendo estudada a implantação de novos cursos. No último concurso foram oferecidas 5.695 vagas. Em relação ao modelo do concurso não haverá mudanças: duas fases, sendo a 1ª formada por 75 questões de múltipla-escolha,e a 2ª etapa com porvas discursivas específicas por grupos de carreiras. Prova continua temática e interdisciplinar.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Reitores temem prazo curto do novo ENEM



Reitores dispostos a aderir ao vestibular nacional proposto pelo Ministério da Educação temem que não dê tempo de fazer a mudança em 2009. Eles querem que o ministério antecipe a realização do novo Enem, previsto para outubro. O objetivo seria garantir a divulgação dos resultados em novembro, permitindo a realização da segunda fase do vestibular nas instituições que não se limitarem a selecionar estudantes com base apenas no Enem.
Na terça-feira, os reitores participaram do segundo dia de reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Boa parte saiu do encontro falando bem da proposta, mas enfatizando que a decisão caberá aos conselhos universitários. Por isso, qualquer previsão sobre o número de adesões corre o risco de cair por terra. Segundo o MEC, há pelo menos 38 instituições dispostas a aderir.
No embalo da boa receptividade de reitores, o ministro Fernando Haddad quer convencer o setor privado. Na terça à noite, ele se reuniria com representantes da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e demais entidades. Nesta quarta-feira o ministério deverá enviar à Andifes as explicações operacionais. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), encarregado da nova avaliação, informou que é possível antecipar para novembro os resultados das provas de múltipla escolha - com 200 questões -, mas não a redação.

Reitor da UFRJ que transformar o novo Enem em primeira fase ainda este ano





O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloisio Teixeira, quer que o novo Enem passe a ser a primeira fase do vestibular da UFRJ já este ano. Para o reitor, o novo exame democratizará o acesso à universidade. O que o senhor achou da proposta do MEC?
ALOISIO TEIXEIRA: Estou entusiasmado. Mesmo antes de tomar posse como reitor, eu já havia declarado guerra ao vestibular. Qual o problema do vestibular?
TEIXEIRA: É um dos mecanismos mais perversos pelo qual a universidade brasileira, e a pública em particular, se torna instrumento de exclusão social. Não é a questão da decoreba, da múltipla escolha. Qualquer que seja o formato, ele é instrumento para não permitir o ingresso de parcelas imensas da nossa juventude na universidade. Como assim?
TEIXEIRA: O vestibular não oferece igualdade de oportunidades. Ele avalia o mérito de forma restrita. Quase 70% dos jovens que se formam no nível médio no Rio de Janeiro vêm da rede pública. No vestibular da UFRJ, mais de 60% dos candidatos são de escolas privadas. O senhor quer dizer mais de 60% dos ingressantes...
TEIXEIRA: Não, dos que se inscrevem. Dos que entram, é pior ainda. Isso mostra que a maior parte dos jovens que se forma no ensino médio do Rio sequer se inscreve no vestibular da UFRJ. De que maneira o novo Enem pode contribuir para mudar essa realidade?
TEIXEIRA: O fato de termos um exame único, que se faz para o conjunto dos jovens que estão concluindo o ensino médio, cria um fator de equalização. Todos os jovens que se formarem estarão fazendo essa prova. Isso já muda a natureza do exame.