domingo, 28 de dezembro de 2008

Astronautas no combate a Diabetes


Um alpinista espanhol vai se tornar em setembro de 2009 no primeiro diabético a ir ao espaço, em uma viagem orbital ao redor da terra, onde participará de três experimentos científicos relacionados à doença e testará um novo tipo de insulina. Josu Feijoo, da cidade espanhola de Vitoria, já havia testado outras vezes novas técnicas, como as que permitem transmitir os valores de glicose no sangue aos médicos em tempo real e de qualquer lugar do mundo.

O alpinista, que começou a sofrer da doença aos 23 anos, vai ao espaço graças ao patrocínio de um empresário e sairá em setembro de 2009 na nave VSS Enterprise, de propriedade da Virgin Galactic, que será lançada da base do deserto de Mojave, nos EUA, e alcançará uma altura de 135 mil metros.


No espaço, o diabético testará uma nova insulina que já foi experimentada em laboratório com animais e com pacientes diabéticos, que permite aplicar injeções da substância apenas três vezes por semana, em vez de diariamente.

O efeito da nova insulina dura entre 48 e 55 horas, e a experiência busca comprovar se seus efeitos não se perdem no espaço exterior. Para isso, Feijoo fará a viagem com valores de glicose no sangue altos e não usará insulina até que esteja no espaço.

Também testará um novo medidor de glicose com um sistema de tele-medicina incorporado, e que a cada 15 minutos transmitirá à Terra os resultados da análise.

O terceiro experimento consistirá em retirar 10 mililitros de sangue para verificar se os níveis de proteínas variam na ausência de gravidade. 

domingo, 14 de dezembro de 2008

Nasa dificulta trabalho da Equipe de Transição do Governo OBAMA



O administrador da Nasa Mike Griffin não está cooperando com a equipe de transição do presidente eleito Barack Obama, está atrapalhando os esforços para obter informações e afirmou à líder do time democrata que ela "não é qualificada" para julgar o programa de espaço, informa o jornal "Orlando Sentinel".

Durante uma conversa calorosa de 40 minutos na semana passada com Lori Garver, ex-administradora da Nasa que é a líder da equipe de transição, Griffin exigiu falar diretamente com Obama, informou uma fonte.

Além disso, Griffin está inscrevendo funcionários da Nasa e outros terceirizados no que chamam de time de transição, alertando aos que estão na equipe que não critiquem o programa lunar, afirmaram as fontes.

A resistência do administrador faz parte da tentativa de preservar o programa de constelação, um projeto atrasado e caro assinado pelo próprio.

Chris Shank, chefe de comunicação estratégica da agência, negou que Griffin esteja escondendo informações da equipe ou que ele deseja se encontrar com Obama.

- Estamos trabalhando muito bem com o time de transição - disse Shank. Mas ele afirmou que Griffin está, sim, preocupado com o fato de a equipe de seis integrantes ter pouca experiência no assunto.

Imagens Inéditas da Região 30 Doratus



Imagens inéditas divulgadas nesta semana pela Nasa, a agência espacial americana, mostram pela primeira vez com detalhes a região de 30 Doradus, uma das maiores áreas de formação de grandes estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, próxima à Via Láctea.

As imagens foram captadas pelo observatório de raios-X Chandra, que abriga o mais potente telescópio de raios-X do mundo.

O supertelescópio Chandra tem uma resolução oito vezes maior e pode detectar fontes de luz 20 vezes mais fracas do que o maior telescópio anterior.

As observações da 30 Doradus, também conhecida como Nebulosa de Tarântula, foram feitas ao longo de 31 horas, três vezes mais do que a observação mais longa que já havia sido feita pelo Chandra.

A nebulosa está a cerca de 160 mil anos-luz da Terra, ao sul da constelação de Dorado. Ela tem uma dimensão de 800 anos luz de largura e tem uma grande claridade.

Se estivesse a uma distância semelhante à da Nebulosa de Órion, que está a 1.300 anos-luz da Terra, a 30 Doradus cobriria uma área de 60 Luas cheias e sua luz seria suficientemente clara para projetar sombras à noite na Terra.

O observatório de raios-X Chandra foi lançado pela Nasa em julho de 1999.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Eco luminoso revela natureza de supernova observada em 1572



Em 1572, uma estrela que antes não aparecia no céu passou a brilhar por alguns dias. O famoso astrônomo dinamarquês Tycho Brahe observou o astro e, a partir de suas observações, começavam a ruir os conceitos antigos sobre o céu, que colocavam a Terra no centro do universo. Agora, mais de quatro séculos depois, um grupo de astrônomos conseguiu finalmente identificar o que se passou naquele distante objeto. 
Tycho Brahe classificou sua estrela como um novo objeto -- uma "nova", como ele chamou --, mas hoje os cientistas sabem que na verdade esses astros são objetos antigos, que atingem brilho esplendoroso não em seu nascimento, mas em momentos críticos de sua existência. Ainda assim, a nomenclatura permaneceu em parte inalterada -- hoje elas são conhecidas como supernovas. 
Ocorre que elas surgem em vários tipos. Algumas são simplesmente estrelas absurdamente imensas (muito maiores do que o Sol) que, ao esgotar seu combustível, implodem sob seu próprio peso. A onda de choque, na direção oposta, produz uma explosão. E é daí que vem o brilho intenso do astro, que dura por alguns dias e depois acaba se dissipando. Essas são classificadas como supernovas do tipo II. 
Mas, em outras circunstâncias, a explosão ocorre de forma diferente. São os casos em que há duas estrelas muito próximas, uma orbitando ao redor da outra. Elas nem precisam ser muito grandes, mas podem acabar produzindo uma explosão de supernova. Ocorre depois que uma das estrelas esgota seu combustível e morre. Seus restos se transformam numa anã branca -- um objeto extremamente compacto. (Aliás, esse será o destino do nosso Sol, daqui a 6 bilhões de anos.) 
Dali em diante, a dinâmica entre os dois astros faz com que a anã branca "roube" massa de sua estrela companheira. Quando a roubalheira atinge uma certa quantidade limite, a anã branca tem o que se poderia caracterizar como uma indigestão cósmica: é incapaz de absorver mais matéria. Isso leva a uma explosão de supernova -- chamada de tipo Ia.
Essas supernovas, especificamente, são muito úteis: como todas elas atingem o mesmo valor-limite de massa, seu brilho explosivo é exatamente igual. Por conta disso, a distância que elas guardam da Terra pode ser estimada com razoável precisão, justamente porque a potência da explosão é sempre a mesma, e conhecida. Comparando o brilho real e o brilho aparente, os astrônomos obtém uma estimativa da distância. 
Foi graças a elas que os astrônomos conseguiram, por exemplo, descobrir que o universo está acelerando sua expansão -- por culpa de uma energia escura, que ninguém sabe o que é. 
Mas para identificar o tipo da supernova, o único jeito é ver a "assinatura" contida na luz emitida durante a explosão. Cada tipo tem um padrão diferente. 
Tycho Brahe, no século XVI, tinha os equipamentos mais sofisticados de observação celeste de seu tempo. Mas isso não significava muito -- mesmo as lunetas ainda teriam se esperar 37 anos para aportar no cenário astronômico. Com isso, foi impossível ao famoso astrônomo analisar a "assinatura" da supernova de 1572. 
Ao longo dos últimos anos, cientistas apontaram seus potentes telescópios na direção do objeto descrito por Tycho. Sua esperança era ver os "restos" da explosão e com isso tentar interpretar o que pode ter acontecido por lá. 
Mas não deu muito certo. Então, começou a surgir a hipótese de que a supernova de Tycho fosse uma do tipo Ia, embora sem muita convicção. Até agora. Num lance de esperteza, o grupo de cientistas alemães e japoneses conseguiu "recuperar" a assinatura da antiga supernova e cravar: ela é mesmo do tipo Ia. 

Como? 

Eles detectaram o "eco" da luz originalmente gerada pela explosão. A luminosidade direta chegou até a Terra em 1572, quando Tycho a viu, mas a mesma luz pode ter encontrado outro objeto mais distante, que então a refletiu para a Terra. Com isso, ela chegou com um atraso de mais ou menos 436 anos -- justamente o que era preciso para poder ser analisada apropriadamente pelo grupo de Oliver Krause, do Instituto Max Planck para Astronomia, na Alemanha, e de Ken'ichi Nomoto, da Universidade de Tóquio, no Japão. 

A equipe conseguiu então extrair a tal "assinatura", a partir de observações feitas no Observatório Astronômico de Calar Alto, na Espanha, e no telescópio Subaru, no Havaí, e confirmar a identidade do astro. Além disso, a análise permitiu "revisar" a distância estimada do objeto -- e ele parece estar mais distante do que se pensava antes. Com a publicação dos resultados, na edição desta semana da revista científica "Nature, tem fim um grande mistério da ciência.
Apesar de não ter podido identificar exatamente o que era a "nova" de 1572, Tycho fez muito com o que pôde ver. Usando triangulações, ele constatou que a explosão, localizada na constelação Cassiopéia, não poderia ter estar mais próxima da Terra que a Lua. Com isso, começava a ruir o preceito aristotélico de que o céu guardava astros perfeitos e imutáveis, enquanto apenas os objetos que estivessem na chamada esfera sublunar (tudo que estivesse abaixo da Lua) pudessem experimentar modificações marcantes. 
Com a queda desse preceito, começavam a ficar evidentes as falhas do modelo antigo do mundo, que colocava a Terra no centro do universo e todo o resto ao seu redor. Era o primeiro passo para a aceitação da teoria de Nicolau Copérnico, que colocava o Sol no centro do Sistema Solar.

Nasa adia para maio missão de manutenção do Hubble



A Nasa adiou para 12 de maio o envio do ônibus espacial Atlantis para missão de manutenção do telescópio Hubble, informou a agência espacial americana. O lançamento estava previsto inicialmente para outubro deste ano, mas a unidade que coleta e envia dados à Terra a partir do Hubble estava defeituosa, pelo que os engenheiros ainda trabalham numa peça de reposição, segundo um comunicado.

Essa missão será a última a ser enviada ao Hubble, que será substituído em 2013 por outro telescópio espacial altamente sofisticado. Lançado ao espaço há 18 anos, o Hubble revolucionou a astronomia ao permitir esquadrinhar mais profundamente o universo, sem as distorções da atmosfera terrestre e está em órbita a 575 km da Terra.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cientistas querem que o Mundo se preocupe com os Asteróides



Um grupo de cientistas e exploradores do espaço pediu à comunidade internacional o desenvolvimento de um mecanismo global, a fim de defender o planeta de eventuais impactos de meteoritos. A solicitação ocorreu nesta terça-feira (25), em Viena, na Áustria.

O relatório, intitulado "Ameaças de Asteróides: Uma Chamada para Uma Resposta Global", foi elaborado pela Associação de Exploradores do Espaço (ASSE, na sigla em inglês) e apresentado à ONU.

Tecnicamente, já é possível influenciar na trajetória de um meteorito. Porém, o relatório diz que tudo depende de preparação, planejamento e de decisões tomadas a tempo. Segundo a equipe de pesquisadores, a comunidade internacional enfrenta agora o desafio de se organizar para proteger o planeta dos asteróides.

"A aceleração de nosso conhecimento gera o dilema de atuar ou não", explicou em coletiva de imprensa o ex-astronauta da Nasa Russell Schweickart. O ex-astronauta é fundador e presidente do Painel Internacional sobre a Redução da Ameaça de Asteróides (IPATM), integrado por membros da ASSE e outros especialistas.

Até agora, foram descobertos 6.000 objetos cósmicos próximos à Terra que com regularidade cruzam a órbita de nosso planeta. Os cientistas esperam que seu número aumente para 1 milhão por volta de 2020.

Estima-se que alguns desses objetos --entre os conhecidos atualmente há um grupo de 500 a mil-- tenham um diâmetro de mais de 150 quilômetros, um tamanho que representaria uma catástrofe mundial caso impactasse contra a Terra.

É o caso do famoso Apophis, um asteróide de 270 metros de diâmetro, cuja rota se direciona para o Sol, mas que passará muito perto da Terra em 2029. No entanto, o Apophis ameaça colidir com a Terra no retorno, por volta de 2036, com um efeito superior ao de milhares bombas atômicas --calcula-se que a eventual devastação causada seria cem vezes superior à do meteorito Tunguska, que em 1908 destruiu 2.000 mil hectares da Sibéria.

"Como em muitos campos a nova agenda é caracterizada por um desafio institucional", explicou Walther Lichem, membro do IPATM e ex-funcionário das Nações Unidas.

"Há certos órgãos que estão argumentando a favor da aplicação de bombas atômicas no espaço. Para eles, essa é a tecnologia disponível mais barata e mais efetiva. Não devemos aceitar que se desenvolva um processo de responsabilidade e de implementação de decisões fora da legalidade da comunidade internacional. Este é o desafio atual", afirma.

Magnata Russo presenteia noiva com pedaços da Lua


O russo Roman Abramovich, dono do clube de futebol inglês Chelsea, presenteou sua namorada, a ex-modelo Dasha Zhukova, 27, com uma área equivalente a cerca de 0,4 km2 na Lua.  O magnata escolheu um terreno localizado no hemisfério sul do satélite. A ex-modelo poderá lidar com a área como se fosse qualquer propriedade da Terra, e terá direito a vender, deixar como herança --e até repassar o presente.

O Space Settlement Institute, órgão responsável pela regulamentação das atividades na Lua, lembrou que o Tratado Sobre o Espaço Ultraterrestre, assinado em 1966, não proíbe investidores privados de adquirirem propriedades em outros planetas e satélites.

Acelerador de Partículas Americano gera partícula FANTASMA


Uma partícula elementar nunca vista nem imaginada pode ter sido detectada em um fenômeno registrado num experimento nos EUA. Apelidada pelos descobridores de "evento fantasma" num estudo divulgado às vésperas do Halloween, na semana passada, a observação foi primeiro motivo de piada. Mas agora está fazendo os cientistas quebrarem a cabeça.

O fenômeno foi visto no acelerador de partículas Tevatron, do Fermilab, laboratório em Batavia (EUA). Segundo os físicos, o surgimento de um certo grupo de partículas no experimento não pode ser explicado pelo Modelo Padrão, a teoria baseada em física quântica que explica o mundo microscópico.

O relato da observação ainda não passou por revisão técnica independente, mas já está sendo comentado por físicos em blogs e corredores de universidades. Segundo alguns pesquisadores, há uma chance de o fenômeno poder ser explicado pela produção da chamada matéria escura --que não emite luz nem radiação-- ou por teorias que especulam que o espaço tem mais de três dimensões.

O Tevatron funciona usando ímãs para acelerar núcleos de átomos a velocidades próximas à da luz, formando raios que "trombam" uns com os outros dentro de um tubo. Nas colisões, as partículas se desintegram e transformam-se em componentes mais fundamentais da matéria: mais partículas.

O que os físicos viram de estranho agora foi a produção em excesso de múons, partículas similares aos elétrons, que são produzidas em quase todas as colisões nesse tipo de experimento. Os múons detectados agora no Tevatron, porém, estavam sendo produzidos em regiões "muito distantes" do ponto de colisão das partículas --mais de 1,5 cm. Alguns desses eventos puderam ser explicados, mas ainda há uma lacuna. Talvez os múons tenham saído da desintegração secundária de uma partícula desconhecida.

"No momento, somos incapazes de explicar o número e as propriedades dos eventos remanescentes, em cada qual pelo menos um potencial múon foi produzido fora do tubo do raio", afirma o estudo, assinado por cerca de dois terços dos mais de 600 pesquisadores que trabalham no CDF (Detector de Colisões do Fermilab).

"Se isso estiver certo, é mesmo incrivelmente entusiasmante", diz o teórico Neal Weiner, da Universidade de Nova York. "Seria o indício físico de algo talvez mais interessante do que temos imaginado."

Weiner, um dos autores de uma teoria para explicar a natureza da matéria escura no Universo, diz que já começaram a fazer contas para saber se o "fantasma" se encaixa em seu modelo. Segundo ele, porém, nada garante que uma explicação qualquer surja logo. "Mas eu ficaria entusiasmado com os dados do CDF mesmo assim."

Explicações mundanas

Segundo os próprios físicos que detectaram o novo fenômeno, porém, não está 100% claro se algo tão inusitado foi observado. "Ainda não descartamos uma explicação mundana para isso, e queremos deixar isso bem claro", diz Jacobo Konigsberg, porta-voz do CDF.

Fora do Tevatron, também há um pouco de ceticismo. "O CDF é uma experiência de respeito, que já tem muitos anos rodando; é uma colaboração séria e com credibilidade", disse Ignácio Bediaga, do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), que leu o estudo. Segundo ele, porém, é cedo para tentar encaixar o "fantasma" em teorias com dimensões extras ou matéria escura. "Como cerca de um terço dos colaboradores não quis assinar o trabalho, significa que há uma certa insegurança sobre o próprio fenômeno", diz o físico. "Eu prefiro esperar um pouco mais."

sábado, 1 de novembro de 2008

Novo Paneta tem duas vezes mais densidade que o chumbo


Planeta gigante desafia as definições científicas 
A sonda espacial Corot fez uma descoberta que está fazendo os cientistas repensarem a definição de planetas extrassolares. O novo corpo celeste, batizado de Corot-Exo-3b, é tão exótico que os astrônomos não estão certos de poder classificá-lo como um planeta. 
Com uma massa 20 vezes maior do que a de Júpiter, o estranho corpo celeste está tão próximo de sua estrela, que é pouco maior do que o Sol, que faz uma volta completa ao seu redor em apenas 4 dias terrestres. 
Os astrônomos afirmam que o Corot-Exo-3b borra a fronteira entre os planetas e as anãs-marrons - uma espécie de "estrela falida", que não atingiu a massa e nem a temperatura suficientes para iniciar os processos de fusão nuclear que fazem as estrelas comuns brilharem. 
Do outro lado, com uma massa tão grande, o corpo celeste supera em muito as 13 massas de Júpiter que se convencionou colocar como limite para a definição de um planeta. 
"Foi uma surpresa encontrar um objeto com essa massa tão próximo de sua estrela," comenta Magali Deleuil, coordenadora da equipe que fez a descoberta. "Se tratasse de um planeta, seria o mais maciço e o mais denso de todos os conhecidos até hoje, com uma densidade duas vezes superior à do chumbo." 
O CoRoT-Exo-3b foi localizado na constelação Águia, a uma distância de 2.200 anos-luz da Terra graças a flutuações de brilho que ele causa na luz da sua estrela conforme gira ao seu redor. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Esporte pode ser um grande Aliado da Inteligência

Segundo cientistas americanos, participar de eventos esportivos ou assistir a eles pode deixar a pessoa mais inteligente. Pesquisadores da Universidade de Chicago monitoraram as funções cerebrais de jogadores e torcedores e descobriram que, quando eles falam sobre seus esportes favoritos, ativam mais partes do cérebro do que durante conversas normais.


A pesquisa, divulgada na revista americana, Proceedings of the National Academy or Sciences, concentrou-se em hockey no gelo e incluiu um grupo de controle que nunca havia participado do jogo ou assistido a uma partida.

Os cientistas observaram que quando jogadores e torcedores escutavam conversas sobre seu esporte, passavam a usar partes de seus cérebros que costumam ser associadas ao planejamento e controle de movimentos e a outras atividades físicas.

A incorporação dessas áreas - normalmente ligadas à prática esportiva - ao processamento da conversa, ajudou os jogadores e torcedores a desenvolver sua comunicação oral, possivelmente porque ensaiar os movimentos mentalmente os ajuda a melhorar sua linguagem.

"Nós demonstramos que atividades sem ligação com linguagem, tais como jogar ou assistir a uma partida, aperfeiçoam a habilidade de uma pessoa de entender linguagem sobre o seu esporte precisamente porque áreas do cérebro normalmente usadas para a ação se tornam altamente envolvidas no entendimento da linguagem", disse Sian Beilock, à frente do estudo da Universidade de Chicago.

"A experiência de jogar e assistir a esportes teve efeitos duradouros sobre o entendimento da linguagem através da mudança de redes neurológicas que apóiam a compreensão para incorporar áreas ativas no desempenho de atividades esportivas", concluiu Beilock.

Especialistas dizem que essas conclusões podem ter implicações para o aprendizado, pois sugerem que o cérebro de adultos pode ser mais flexível do que se acreditava anteriormente.

O Retorno do Milionário Turista Espacial



O milionário americano Richard Garriott voltou à Terra nesta sexta-feira depois de passar 10 dias de férias no espaço. Após duas horas e meia de viagem desde a Estação Espacial Internacional (ISS), a nave russa Soyuz TMA-12, em que também viajavam os cosmonautas russos Serguei Volkov e Oleg Kononenko, aterrissou com segurança no Cazaquistão. Garriott, que fez fortuna na indústria de videogames, disse que com a viagem realizou o sonho de seguir os passos do pai, o astronauta aposentado da Nasa, Owen Garriott. Estima-se que o americano tenha pagado US$ 30 milhões ao governo russo pela viagem.

- Essa foi uma experiência elevada e o percurso na Soyuz foi fenomenal. Que bela máquina - disse Garriott, enquanto seu pai cumprimentava-o. - A Estação Espacial Internacional é impressionante e a volta para casa foi tudo aquilo que vocês sabem que foi anunciado que seria.

O pai do milionário voou na segunda missão do Skylab, em 1973, um precursor da ISS. Ele ficou surpreso com o estado do filho.

- Como você pode estar tão bem e pronto para ir de novo? - perguntou o pai a Garriot.

A manobra de retorno era esperada com preocupação, porque as duas últimas naves Soyuz retornaram à Terra em queda livre e de maneira descontrolada. Sexto turista espacial da história,Garriot, que tem 47 anos, decolou em 12 de outubro a bordo de um foguete russo do cosmódromo cazaque de Baikonur e, após 48 horas de vôo, chegou à ISS.

Os cosmonautas russos permaneceram por seis meses na Estação Espacial.A ISS está ocupada agora pela Expedição 18, integrada pelos astronautas americanos Michael Fincke, comandante da missão, e Gregory Chamitoff, além do cosmonauta russo Yuri

Lonchakov. Chamitoff permanecerá na estação até o acoplamento da ISS com a nave Endeavour, cujo lançamento desde o Centro Espacial Kennedy de Cabo Canaveral (EUA) está previsto para meados do próximo mês.

Projeto do Carro SUPERSÔNICO



O piloto britânico Andy Green, conhecido por ultrapassar a barreira do som ao dirigir um carro a 1,2 mil quilômetros por hora em 97, pretende aumentar ainda mais a velocidade em seu próximo desafio. O piloto da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) quer atingir 1,6 mil quilômetros por hora a bordo de um novo carro supersônico. Chamado de Bloodhound, o novo veículo será impulsionado por um foguete acoplado a uma turbina de um avião de caça chamado Typhoon-Eurofighter.

Uma equipe de especialistas está trabalhando no projeto do carro há 18 meses e a expectativa é que a tentativa de bater um novo recorde de velocidade na Terra seja feita em 2011. Em 97, Green e sua equipe quebraram o recorde a bordo do Thrust SSC, também impulsionado por uma turbina de avião.

"Essa é uma das coisas mais empolgantes que você pode fazer no planeta e quando se tem oportunidade de fazer isso bem, com a última tecnologia, não há como resistir ao desafio", disse à BBC o chefe de projeto do Bloodhound, Richard Noble.

O carro supersônico Bloodhound mede 12,8 metros, pesa 6,4 toneladas e deverá viajar mais rápido do que uma bala disparada de uma arma. As rodas têm 90 centímetros de diâmetro e irão girar tão rapidamente que precisaram ser produzidas com um titânio de alta qualidade para que não fossem destruídas.

O carro irá acelerar de 0 até 1,690 km/h em apenas 40 segundos. Ao atingir a velocidade máxima, a pressão do ar dentro de sua carcaça de fibra de carbono e titânio excederá 12 toneladas por metro quadrado.

"Isso é uma grande aventura da engenharia", afirmou o diretor técnico do Bloodhound, John Piper.

Green reconhece que haverá riscos envolvidos com a tentativa, mas afirma que o carro está sendo projetado para aumentar sua segurança.

"Isso garante que será zero risco? Não. A vida sem riscos é interessante? Não. Vale a pena correr o risco por esse projeto pois se trata de um desafio enorme e uma grande recompensa no final, não apenas pelo recorde mas para inspirar a próxima geração de engenheiros a dividir a experiência com todas as crianças do país", disse Andy Green.

A inspiração é um motor importante para o projeto. A gênese da idéia veio de Paul Drayson, o novo secretário para Ciência britânico que também é um piloto de corridas.

Ele procurou Noble e Green quando ainda era funcionário do ministério da Defesa para ver se eles podiam desenvolver um projeto que pudesse chamar a atenção e estimular as crianças nas escolas para seguirem carreira em ciência e tecnologia.

Drayson ofereceu ao time a turbina EJ200 do Typhoon Eurofighter que foi usada no programa de desenvolvimento do caça. Essas turbinas já não servem mais para serem usadas em combate, mas ainda são boas o suficiente para alimentar o carro supersônico.

O foguete irá fornecer a maior parte da energia para fazer com que o Bloodhound atinja a velocidade do som e a turbina do Typhoon permitirá que Andy siga até a velocidade alvo de 1,6 mil km/h. Apesar de o ministério da Defesa ter emprestado a turbina do caça, o projeto é particular e ainda precisa arrecadar R$38 milhões.

Além dos esforços no projeto da engenharia do carro supersônico, a equipe ainda procura um local ideal para que a tentativa de atingir um novo recorde seja feita. Em 97, quando a equipe ultrapassou a barreira do som com um carro supersônico a 1,2 mil km/h, o desafio foi feito no deserto de Black Rock, no Estado americano de Nevada.

O Hubble está de Volta !!!!!!!


O Telescópio Espacial Hubble está novamente a funcionar, depois da avaria, há cerca de um mês, e "já tirou algumas fotografias", revelou o Instituto de Ciência Telescópica.

O equipamento "está tão bom como estava em Setembro", altura em que avariou, assegurou o Instituto que anunciou ainda que pretende ter, já no próximo mês, uma equipa de astronautas pronta para actualizar o telescópio.

Depois do telescópio se desligar inesperadamente, a NASA, agência espacial norte-americana, tentou por duas vezes reparar o equipamento. A segunda tentativa foi bem sucedida.

Imaginado nos anos 40, projectado e construído nos anos 70 e 80, e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble, foi baptizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia, ao constatar que o Universo estava em expansão.

Cientistas descobrem o Maior Número Primo com mais de 10.000.000 de DÍGITOS


Maior primo do mundo é o segundo a ultrapassar os 10 milhões de dígitos.

Matemáticos americanos se qualificaram para receber um prêmio de US$ 100 mil por encontrar um número primo - que só pode ser dividido por um e por si mesmo - com quase 13 milhões de dígitos.

O prêmio da Electronic Frontier Foundation (EFF) era oferecido há quase dez anos para a primeira equipe de cientistas capazes de encontrar um número primo de Mersenne - em homenagem ao matemático francês Marin Mersenne, que os popularizou no século 17 - com mais de 10 milhões de dígitos.

Os primos de Mersenne seguem a fórmula 2 elevado à potência "p" menos 1, sendo que "p" é em si um número primo.

No fim do mês passado, um computador na Universidade da Califórnia definiu o 45º primo de Mersenne conhecido: 2 elevado à 43.112.609ª potência menos 1, com 12.978.189 de dígitos.

No dia 6 de setembro, o 46º primo de Mersenne conhecido foi encontrado por uma equipe em Langenfeld, perto de Colônia, na Alemanha: 2 elevado à 37.156.667ª potência menos 1, com 11.185.272 de dígitos.

O numeral encontrado pelos alemães foi o primeiro primo de Mersenne a ser descoberto fora de ordem desde que os matemáticos Colquitt e Welsh definiram 2 elevado à 110.503ª potência menos 1.

A busca por um primo de Mersenne com mais de dez milhões de dígitos já durava quase dez anos.

Cientistas dizem que o exercício tem a importância indireta de abrir espaço para a criação de teoremas e hipóteses matemáticas, promover pesquisas cooperativas na internet e incentivar o gosto pela pesquisa científica, entre outros efeitos.

Os coordenadores das duas pesquisas, Edson Smith e Hans-Michael Elvenich, faziam parte da rede Gimps (iniciais em inglês para Grande Busca de Primos de Mersenne na Internet), formada em 1996 para descobrir "agulhas num palheiro" - números primos gigantescos - operando 29 trilhões de cálculos simultâneos.

Do total da recompensa, US$ 50 mil irão para os matemáticos da Universidade da Califórnia, que venceram a corrida proposta pela EFF, outros US$ 25 mil serão doados para entidades de caridade, e o restante, dividido entre os descobridores dos primos de Mersenne anteriores

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O grande erro de Kepler: Astronomia = Astrologia



O casamento de Johannes Kepler estava marcado para o dia 27 de abril de 1596, mas algo incomodava o noivo.  Embora estivesse apaixonado por sua futura esposa, o cientista alemão pressentia que seu casamento seria um fracasso.  O motivo?  A constelação de mau agouro, que se formava no céu aquele dia.  Sim, o astrônomo que descobriu a lógica por trás dos movimentos planetários não fazia nada sem consultar o horóscopo antes.  Boa parte de seus trabalhos foi dedicada a validar a astrologia frente à astronomia, e provar que uma não existe sem a outra.  Aliás, sua maior fonte de renda eram os mapas astrais que fazia por encomenda - mais de 800 estão preservados até hoje.  Assim, com base nos astros, ele descreveria o pai como "propenso ao crime, brigão, passível de um final infeliz", e a mãe era "magra, tagarela e mal-humorada".  Ele foi o último cientista importante a acreditar que astrologia e astronomia eram a mesma coisa. 

É Possível Flutuar no mar MORTO ?????

 A água salgada é ligeiramente mais pesada que a água doce, já que contém minerais dissolvidos. Portanto é mais fácil flutuar na água salgada do que na doce. O Mar Morto, localizado no Oriente Médio, é um lago enorme formado pela água com maior teor de sal do planeta. No mar morto a densidade da água salgada é muito grande e a pessoa flutua sem nenhum esforço físico.

Você provavelmente já viu alguém flutuando numa piscina, já deve ter visto também que alguns objetos afundam e outros não. Por exemplo, quem nunca brincou de procurar moedas, ou peças de dominó no fundo da piscina? Quem nunca viu pranchas de isopor flutuando no mar?

Tudo isso ocorre graças a densidade. A densidade é uma grandeza que representa a razão (divisão) entre a massa e o volume do material em estudo. A água pura tem densidade 1 g/cm³.

Não é o material mais “pesado”(maior massa) que afunda e sim o material mais denso. Essa é uma observação importante..Então, objetos com densidade superior a da água afudam nela e com densidade inferior boiam. Por exemplo..poderiamos ter 10 kg de isopor e ele não afundaria na piscina, pois a densidade do isopor é de 0,1 g/cm3(10 vezes menor q a da água), já poucos gramas de chumbo afundariam rapidinho( densidade do chumbo 11,3 g/cm3 ).Não importando o fato de 10kg pesar mais que poucos gramas.

A densidade relativa de um corpo depende da sua composição. A densidade relativa da massa magra, ossos e massa gorda, por exemplo, é 1,0, 1,5 e 0,8 respectivamente. A densidade do corpo humano é ligeiramente menor que a da água (0,974, em média), sendo que, normalmente, mulheres e idosos têm maior facilidade para flutuar. Isto acontece porque as mulheres possuem, em geral, maior massa gorda que os homens e os idosos possuem, além de mais massa gorda, menor densidade óssea que um adulto jovem. A tendência do corpo é adquirir mais tecido adiposo e perder massa muscular e óssea, assim a densidade relativa tende a 0,86 no idoso. [1]

O ser humano, quando vivo, tem a capacidade de mudar sua densidade. Por isso  independente se somos, gordos ou magros, mulheres ou homens, jovens ou idosos. Conseguimos tanto flutuar, quanto afundar. Basta variarmos a quantidade de ar nos pulmões. Com os pulmões cheios de ar, aumentamos nosso volume e sendo o ar menos denso que a água nosso corpo tende a subir e então boiamos. Se você quiser pode fazer esse teste, estando em uma piscina rasa (por questões de segurança) ,solte todo o ar dos pulmões , perceba que você encostará no chão da piscina.

Fisicamente, trabalhamos com Forças: a força Peso e uma força contrária chamada Empuxo.

Sobre um corpo submerso atuam duas forças: a força peso que é vertical e para baixo e o empuxo, que também é vertical, porém para cima.

Podem ocorrer três casos:

-Quando empuxo é menor do que o peso o corpo afunda até o fundo. Isto acontece quando a densidade do corpo é maior que a densidade do líquido,como já comentamos anteriormente.

-Quando o empuxo é igual ao peso o corpo fica em equilíbrio quando estiver totalmente mergulhado no líquido. Isto acontece quando a densidade do corpo é igual a densidade do líquido .

-No caso em que a densidade do corpo é menor que a densidade do líquido o empuxo é maior do que o peso, logo, o corpo bóia.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Música da Teoria do CAOS


Depois de três minutos de "Caos Organizado" tocado numa estação de rádio britânica seguiu-se uma torrente de chamadas telefónicas de ouvintes. Queriam saber mais acerca do que tinham ouvido. Para alguns tinha sido uma experiência assustadora. E depois disso, diversos fãs continuam a escrever ao compositor - Phil Thompson - para descrever o quão profundo a música fractal lhes toca. Para alguns tornou-se até uma obsessão.
Phill Thompson é músico amador e gravou a primeira pista por curiosidade e acabou por editar o seu primeiro álbum de música fractal - "Organized Chaos" – em Outubro de 1998. Para criar a sua música só precisa de um computador e de uma equação simples que, por iterações sucessivas gera imagens complexas e espectaculares, ao pintar um determinado pixel do ecran de determinada cor, consoante a solução da equação obtida. Estas imagens fractais espectaculares e a matemática que a apoia inspiraram um crescente grupo de compositores, programadores e amadores.
As imagens fractais enfeitiçam não só pela sua beleza, mas também pelas suas formas extremamente complexas que surgem de equações muito simples. A mais famosa é conhecida por Conjunto de Mandelbrot e deve o seu nome ao matemático Benoit Mandelbrot que, em 1795 usou o termo "fractal" vindo do latim "fractus" que significa quebrar.
Hoje em dia, o estudo dos fractais insere-se, em parte, numa área da Matemática que é conhecida por Teoria do Caos. Não se trata de um caos completo. Estas equações são usadas para descrever fenómenos que não são nem totalmente aleatórios, nem completamente previsíveis, tais como o tempo, a bolsa de mercado ou a forma como crescem as árvores.
Qual é o som do caos? Nunca é o mesmo. Uma mistura de familiar e de novo, a complexidade da música tem notas que soam a jazz e a avant-gard. A música prende alguns ouvintes em quase suspensão quando pensam ter descoberto uma regularidade na melodia e já sabe o que se segue; mas depois a música acaba por dar uma volta completamente inesperada.
A base para caos em música é muito simples. Associa-se cada nota musical a um único número. Por exemplo, dó, ré e mi podem corresponder respectivamente ao números 1, 2 e 3. Quando a solução da equação que gera o fractal é 2, toca a nota ré. Cada vez que se resolve a equação obtém-se uma nova solução e uma nova nota de música.
O que se obtém pode ser bastante complexo.
David Clark Little, compositor e harpista usou programas de fractais para compor música nos últimos 10 anos. Diz que o processo é análogo ao dos compositores tradicionais que se inspiram em antecessores seus ou na natureza. A diferença é que, com a música fractal não sabemos o resultado da nossa inspiração até que tocamos a música e a ouvimos.
Thompson afirma: "Não se trata de uma composição mas sim de uma descoberta, e é mágico encontrar uma bela imagem fractal e depois apercebermo-nos que tem uma bonita peça de música na sua fórmula em determinado ponto ou pontos."
Forest Fang, um músico de Richmond, na Califórnia, usou programas de fractais para criar algumas das peças do seu último álbum, The Blind Messenger. Até quatro anos antes, o músico Sino-Americano sabia muito pouco acerca de computadores e muito menos acerca de programas de música fractal, nos quais se tornou, desde então, um expert.
Em Outubro passado, ocorreu em Sacramento, na Califórnia, o primeiro espectáculo de uma ópera moderna produzida por George Coates Performance Works e baseada em músicos inspirados por música fractal. Uma das peças da produção entitulada "Two Boats and a Moon" incluía 20 crianças de um coro para entoar uma melodia acompanhada por uma base de piano. Tanto a melodia como a base foram criadas fractalmente.
O crítico de música alternativa Matt Howarth vê grande parte da música fractal como "fraca", a menos que criada por alguém com o dom da composição. "A tecnologia é muito bonita, mas é apenas uma ferramenta e requer talento para a utilizar."
Ainda não se sabe bem como utilizar e em que categoria colocar a música fractal, mas é certo que tem suscitado reacções das mais diversas o que mostra que não passa indiferente às diversas opiniões. Talvez porque combina, de forma perfeita, o previsível e o acaso, a repetição e a surpresa, o familiar e o desconhecido.
Assim, independentemente de gostarmos ou não do tipo de música que é gerada através de fractais, é interessante observar as diversas formas que assume a Matemática que se entranha numa mescla de Tecnologia-Ciência-Arte, resultando numa curiosa miscelânea de Criação-Descoberta-Expressão Artística que aproxima o Homem da Ciência-Arte dos Números.

A Equação do Amor


A equação do segundo grau x2 – 2amo x + a2m2o2 – t2e2 = 0 apresenta duas raízes no mínimo sugestivas, que passamos a calcular:
_ = (– 2 amo)2 – 4 . 1 . (a2m2o2 – t2e2)
_ = 4 a2m2o2 – 4 a2m2o2 + 4 t2e2
_ = 4 t2e2
a partir do determinante surgem então as raízes:
X1 = amo + te
X2 = amo – te
Claro que esta equação foi deliberadamente criada para ter estas raízes e portanto podem criar-se outras que produzam efeitos igualmente ternos ou não. Pode fazer com que os seus alunos só descubram o seu nome a partir da resolução de uma equação criada por si, ou meter-se com pares de namorados das suas turmas.
Já percebeu como, não?
De facto dada uma equação de segundo grau, da forma ax2 + bx + c = 0, com raízes iguais a x1 e x2 , temos que:
a soma S (x1 + x2 ) de suas raízes é igual a – b/a enquanto que o produto P (x1 . x2 ) das raízes é igual a c/a.
Resumindo:
b/a = – S
c/a = P

Repare que quando fazemos a = 1 temos b = – S e c = P.
Deste modo, se desejamos montar uma equação cujas raízes sejam, por exemplo,
obri + gado e obri – gado, basta calcularmos...
a sua soma: 2obri
e seu produto: (obri)2 – (gado)2.
Daí, para facilitar, fazemos a = 1 e temos a equação procurada:
x2 – 2obri + (obri)2 – (gado)2.

O Renascimento do Programa Espacial Brasileiro



Após o teste de um dos motores do foguete, nesta segunda-feira (20), em São José dos Campos (SP), a expectativa da Agência Espacial Brasileira é a de que o país esteja na trilha certa para fazer um lançamento do seu VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) em Alcântara em 2011. Mas ainda em versão "light".


O projeto está paralisado desde 2003, quando um acidente com o terceiro protótipo do lançador causou um incêndio no Centro de Lançamento de Alcântara e matou 21 técnicos e engenheiros do IAE (Instituto de Aeronática e Espaço), órgão da Força Aérea responsável pelo desenvolvimento do foguete.

Os problemas exigiram um redesenho de certos elementos do foguete, para aumentar a segurança e diminuir o risco de falhas. O procedimento contou com a ajuda de especialistas russos.

O teste de segunda-feira envolveu o motor do segundo estádio do foguete. Ele foi ligado às 16h15 e operou por 62 segundos, preso em terra. Queimou mais de sete toneladas de propelente. Foram conduzidas mais de uma centena de medições de sua operação, e tudo saiu conforme esperavam os engenheiros.

O VLS é um lançador com quatro estágios. Cada estágio pode ser visto, grosso modo, como um "andar" do foguete. Para diminuir o peso ao longo do vôo, aumentando o alcance, os lançadores são projetados em estágio. Assim que um deles termina de queimar seu combustível, é deixado para trás, reduzindo a massa total do conjunto, que segue subindo. Para que se tenha uma idéia, o único estágio do VLS que chega a entrar em órbita é o quarto, sobre o qual fica o satélite que ele leva até lá.

Por isso exatamente que o lançamento marcado para 2011 é considerado "meia-bomba" -- apenas o primeiro e segundo estágios serão acionados, levando o foguete até o espaço, mas num vôo suborbital (uma parábola que vai até a borda da atmosfera e retorna, sem ficar em órbita).

Dessa forma, os engenheiros esperam testar a porção inferior do foguete sem correr o risco de desperdiçar verbas na porção superior -- mais cara e delicada. Com um projeto iniciado em 1980, e três tentativas de vôo malogradas, a estratégia permite validar o projeto por etapas.

Mas por que demorou tanto?


Para conduzir um vôo do VLS-1, é preciso não só construir o foguete, mas também a chamada torre móvel de integração. É um prédio em que o lançador é montado, após suas partes serem levadas até Alcântara. No acidente de 2003, a torre antiga foi completamente destruída. Tornou-se necessário construir uma nova, incluindo aí também modificações ao projeto para aumentar sua segurança.

Ocorre que a obra teve de ficar parada, por conta de uma avaliação do Tribunal de Contas da União, que colocou sob suspeita a forma como foi conduzida a licitação da obra. Agora, o TCU entendeu que o procedimento foi feito da forma correta e a construção deve finalmente ser iniciada. "A obra já está em condição de ser tocada, e a expectativa é termos concluído a torre até o final de 2009", disse Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira. Seria o caminho para permitir o lançamento do VLS-1 dali a dois anos.

Ainda assim, em 2011, e num vôo suborbital, o VLS-1 pode acabar se tornando um lançador sem função. Pois é expectativa da AEB ter em 2010 o primeiro lançamento do foguete ucraniano Cyclone-4, a partir de Alcântara. O projeto de exploração comercial do espaço é uma joint-venture Brasil-Ucrânia, chamada Alcantara Cyclone Space. A iniciativa fornecerá lançamentos comerciais a clientes interessados, além de permitir que o Brasil consiga colocar seus satélites no espaço sem ter de contratar os serviços fora do país. Até agora, os satélites nacionais foram colocados no espaço com auxílio de americanos e chineses.

Os Monstros do Reator de Chernobyl


Com níveis mortais de radioatividade, a usina de Chernobyl, na Ucrânia, é um dos lugares mais contaminados e perigosos do planeta. Mas nas ruínas desse inferno nuclear está nascendo uma criatura bizarra: um fungo que come radioatividade. Ou melhor, não apenas um: pesquisadores dos EUA descobriram que há 37 espécies mutantes crescendo em Chernobyl. Elas foram descobertas numa inspeção de rotina, quando um robô vistoriava o interior da usina e encontrou uma meleca preta crescendo pelas paredes do reator 4 - o mesmo que explodiu e provocou, em 1986, o pior acidente nuclear da história.

Como é possível que, além de sobreviver à radiação, algum ser vivo consiga se alimentar dela? "Nossas pesquisas sugerem que os fungos estão usando um pigmento, a melanina, da mesma forma que as plantas usam a clorofila", diz a cientistas Ekaterina Dadachova. Ou seja: os fungos teriam sofrido mutações que os tornaram capazes de fazer uma espécie de "radiossíntese", transformando radiação em energia.

Dentro da usina, os fungos mais comuns são versões mutantes do Cladosphorium sphaerospermum, que provoca micose, e a Penicilium hirsutum, que ataca plantações de milho.

Mas como elas foram parar em Chernobyl? Afinal, o reator foi selado por uma caixa de concreto, o chamado "Sarcófago", após o incidente de 1986. "Os fungos penetraram pelas brechas", acredita o biólog Timothy Mosseau, da Universidade de South Carolina.

Será que, como num filme de terror, os monstrinhos atômicos podem sair da usina e se espalhar pelo mundo? Eles podem escapar do mesmo jeito que entraram, passando por brechas e rachaduras nas paredes. Mas, sem radioatividade para "comer", não se dariam bem fora da usina. "Geralmente, os organismo que conseguem se sair bem em um local extremamente hostil têm dificuldade em outros ambientes", diz Mosseau.

Governo Britânico admite que avião quase colide com um OVNI

Um avião de passageiros da companhia aérea italiana Alitalia quase se chocou com um Ovni (Objeto Voador Não Identificado) quando sobrevoava a cidade inglesa de Kent, em 1991, de acordo com arquivos do Ministério da Defesa britânico divulgados nesta segunda-feira.

Segundo o registro, divulgado pelo Arquivo Nacional, o piloto do avião gritou "Olha isso, olha isso!" para o co-piloto ao ver um objeto marrom parecido com um míssil passar rapidamente por cima da aeronave.

De acordo com o capitão, o objeto teria passado a cerca de 300 metros acima do avião. Logo depois da aparição, a torre de controle afirmou ao piloto que o único objeto identificado pelo radar estaria a cerca de 10 milhas náuticas atrás do avião da Alitalia.

Investigações das aviações civil e militar não conseguiram explicar o caso. Depois de determinar que o objeto não se tratava de um míssil, balão ou foguete, o Ministério da Defesa fechou a investigação.

Arquivos

O incidente em Kent é um dos 19 arquivos sobre aparições de Ovnis que cobrem os anos de 1986 e 1992 e podem ser baixados do site dos Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha.

O governo britânico deve liberar cerca de 200 arquivos sobre as aparições ao longo dos próximos quatro anos. Em maio, os primeiros oito arquivos foram revelados, cobrindo os anos de 1978 a 1987.

Entre os arquivos revelados nesta semana está ainda o relato de um piloto da Força Aérea americana que teria recebido uma ordem de atirar em um Ovni que apareceu em seu radar enquanto sobrevoava a região de East Anglia, no leste da Inglaterra.

Há também uma carta de uma mulher, afirmando ser do sistema planetário Sirius, que diz que sua nave caiu na Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Para o especialista em Ovnis da Universidade Sheffiel Hallam, David Clarke, os documentos oferecem novas informações sobre aparições pouco conhecidas.

"O assunto é deturpado por charlatões e lunáticos e por isso é um crime contra a carreira profissional ter seu nome associado aos Ovnis, o que é uma pena", disse.

"O Arquivo Nacional está fazendo um trabalho fantástico. Cada um pode ter sua própria interpretação", afirmou Clarke.

"Agora é possível olhar para o material primário - as coisas que o Ministério recebe todos os dias - e formar sua opinião", concluiu.

Indianos vão para A LUA



A Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, em inglês) iniciou nesta segunda-feira (hora local) a contagem regressiva para o lançamento de sua primeira missão não tripulada à lua, informou hoje uma fonte do projeto espacial. O satélite Chandrayaan-1, que pesa cerca de 525 quilos, será lançado a partir do centro espacial de Satish Dhawan, situado perto da cidade de Chennai, no próximo dia 22.

- A contagem regressiva para o lançamento do Chandrayaan-1 começou esta manhã às 5h22 (21h52 de Brasília do domingo) e está progredindo sem problemas - disse o vice-diretor do Centro Espacial de Satish Dhawan, M. E. S. Prasad, citado pela agência "PTI".

O lançamento está previsto para as 6h20 (22h50 de Brasília do dia 21) e será feito através de um veículo de lançamento de satélite polar.

Prasad disse que já finalizaram todos os preparativos, incluindo a revisão dos sistemas. O satélite Chandrayaan-1 tem vida útil de dois anos e orbitará a 100 quilômetros da lua, para elaborar mapas e gravar imagens da superfície lunar.

A agência espacial indiana realizou vários lançamentos de satélites ultimamente, alguns de fabricação estrangeira.

Em setembro de 2007, a agência anunciou planos de construir uma "constelação" de sete satélites geoestacionários no valor de US$ 395 milhões até 2012. A organização também anunciou hoje seus objetivos de alcançar um volume de negócio de cerca de US$ 60 milhões através da fabricação de satélites.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lançamento do Projeto do Megalaser de FUSÃO NUCLEAR


Um programa para produzir energia em abundância por meio de fusão nuclear e sem poluir o ambiente, usando um jato de laser colossal do tamanho de um estádio de futebol, teve início na Europa.
O laser extrairá a energia ao comprimir átomos de hidrogênio - um processo muito semelhante ao que ocorre no Sol.
A Europa já está investindo no projeto de fusão Iter, que busca atingir o mesmo objetivo, porém usando compressão magnética.
O novo programa, batizado de Hiper (sigla em inglês de Pesquisa de Energia Laser de Alta Potência) , é visto como uma alternativa necessária e complementar ao primeiro projeto.
"Temos duas abordagens por causa do prêmio que está lá - energia de fusão é o Santo Graal das fontes de energia", diz o chefe do Hiper, Mike Dunne.
"Esse processo oferece segurança no suprimento de energia porque o combustível vem da água do mar, oferece suprimentos abundantes, é limpo e seguro", acrescenta o pesquisador.
"Então, o prêmio é enorme, e acreditamos que precisamos de tantas abordagens quanto possíveis para tornar esse prêmio uma realidade."
Desafio
O desafio técnico de fazer a energia de fusão se tornar realidade é, no entanto, enorme, e tentativas de encontrar uma solução viável tem deixado os cientistas frustrados há 50 anos.
O projeto Hiper vem sendo financiado pela Comissão Européia e envolve a participação de 26 instituições de dez países. A Grã-Bretanha, a República Checa e a França estão entre os mais ativos.
A intenção é resolver questões práticas para a construção de um laboratório experimental para demonstrar a chamada energia por fusão inercial confinada.
Um laser de alta potência comprimiria o hidrogênio para conseguir uma densidade 30 vezes maior do que a do chumbo.
Um segundo laser aumentaria a temperatura do hidrogênio comprimido para acima de 100 mihões de graus Celsius.
Nessas condições, os núcleos do hidrogênio se fundiriam para formar hélio. Segundo a teoria, uma pequena quantidade de massa seria perdida e uma quantidade colossal de energia seria liberada.
"Imagine o motor de um carro", descreve Dunne. "Primeiro, você injeta o combustível (hidrogênio) e, então, no motor do carro, um pistão vai comprimir o combustível."
"No nosso caso, usamos um grande laser para comprimir nosso combustível de fusão", acrescenta. "Então, como no motor do carro, você tem uma vela que acende o combustível."
"Também usamos uma vela, mas, no nosso caso, usamos um outro laser - um laser de potência muito alta, um laser de pulso muito curto. Depois você repete o ciclo várias vezes - exatamente como no motor do seu carro."
Laboratórios
A "prova do princípio" da fusão laser é aguardada nos próximos anos, baseada em dois lasers de grande escala que estão quase prontos - na National Ignition Facility, na Califórnia (Estados Unidos), e na Laser Megajoule, em Bordeaux, na França.
Espera-se que esses laboratórios mostrem em eventos separados que mais energia pode resultar do processo do que a necessária para iniciá-lo.
O papel do Hiper vai ser demonstrar os aspectos práticos e técnicos da exploração do princípio, ou seja, como transformar estes eventos separados em um ciclo contínuo que tornará usinas comerciais de energia uma realidade.
Na semana passada, a documentação legal foi assinada para iniciar a fase atual do Hiper. O projeto está sendo financiado com 13 milhões de euros em dinheiro vivo e aproximadamente 50 milhões de euros em assistência material - fornecimento de hardware e de especialistas dos países membros.
Se tudo der certo, os estudos de praticabilidade vão ser sucedidos por um período de criação de protótipos, seguido pela construção de uma unidade de demonstração por volta do final da próxima década.
Os prazos envolvidos não são diferentes dos de um outro tipo de fusão que está sendo pesquisada pelo Iter (sigla em inglês de Reator Experimental Internacional Termonuclear), em construção em Cadarache, na França.
O Iter vai tentar obter a fusão a partir de um volume de gás superaquecido confinado por campos magnéticos em um instrumento em forma de rosca.

Nobel de Física tem trabalho relacionado ao BIG-BANG

Um americano de origem nipônica e dois japoneses venceram o prêmio Nobel de Física deste ano, anunciou nesta terça-feira a Academia Real Sueca de Ciência, a organizadora da láurea, por trabalhos sobre um processo que teria propiciado que o Universo sobrevivesse ao Big Bang. Yoichiro Nambu venceu pela descoberta do mecanismo de quebra espontâena de simetria na física subatômica. Já os cientistas Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa foram agraciados pela descoberta da origem da simetria quebrada que prevê a existência de pelo menos três famílias de quarks (um dos três componentes que constituiriam a base de todas as partículas atômicas conhecidas) na natureza. O prêmio é de dez milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão).
As descobertas premiadas ocorreram nos anos 60 e 70. A teoria da simetria quebrada se relaciona com a origem do universo, no Big Bang, há cerca de 14 bilhões de anos. Naquele instante, se quantidades iguais de matéria e antimatéria fossem criadas, elas teriam aniquilado umas as outras. Mas isto não aconteceu, porque houve um leve desvio de uma partícula extra de matéria para cada 10 bilhões de partículas de antimatéria. Segundo a teoria, foi a simetria quebrada que permitiu que o Universo sobrevivesse à grande explosão. Como isto aconteceu ainda não se sabe com precisão, destacou a Academia. Cientistas acreditam que o acelerador de partículas LHC do Cern, em Genebra, pode dar essa resposta e resolver um dos maiores mistérios que intrigam os cientistas.
"O fato de o nosso mundo não se comportar de forma perfeitamente simétrica se deve aos desvios de simetria em um nível microscópico", explicou a Academia.
Os ganhadores:

Yoichiro Nambu
Nascido em 1921, no Japão, é naturalizado americano. Trabalha no Instituto Enrico Fermi, da Universidade de Chicago, EUA.

Receberá metade do prêmio Makoto Kobayashi
Nascido em 1944, no Japão. É membro da Organização de Pesquisa sobre Aceleração de Alta Energia, em Tsukuba, Japão.

Receberá um quarto do prêmio. Toshihide Maskawa
Nascido em 1940, no Japão. É pesquisador do Instituto Yukawa de Física Teórica, Universidade de Kyoto. Ficará com um quarto do prêmio.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Artigo Relaciona como o Sentido Intuitivo dos Números esta ligado com as Habilidades Matemáticas


As diferentes habilidades dos estudantes para a matemática estão muito relacionadas a um sentido intuitivo para os números, adquirido em fases evolutivas remotas, diz um artigo publicado hoje pela revista científica britânica "Nature".

A habilidade na matemática emerge de dois sistemas de representação diferentes.

O primeiro, relativo a campos como cálculo, depende de representações simbólicas que requerem aprendizagem e abstração, e por isso é único no ser humano.

O segundo, chamado de "sistema de número aproximado", é relativo às intuições numéricas mais básicas, permite a distinção de quantidades, é sustentado em um sistema que remete a épocas remotas do ser humano e está presente em adultos, crianças e alguns animais.

Com ele, os indivíduos podem calcular o número aproximado de objetos existentes sem precisar contá-los e utilizar esta capacidade para guiar seu comportamento diário.

Até agora, não se sabia se este sistema era igual em todos os indivíduos da mesma espécie ou se alguns contavam com um sistema mais preciso.

Uma equipe de pesquisa da Universidade Johns Hopkins (EUA), liderada por Justin Halberda, mostrou que realmente existem diferenças.

Além disso, descobriu que a habilidade dos estudantes para a matemática na escola vem junto com a diferente destreza de estimativa não-verbal, e não ao coeficiente intelectual ou ao talento do raciocínio visual-espacial.

Os cientistas cognitivos chegaram a estas conclusões após realizar um experimento com jovens americanos de 14 anos que deviam mostrar sua capacidade de calcular quantidades sem ter que contar com precisão.

Para isso, elas deviam dizer qual era a cor mais presente em uma tela coberta por pontos amarelos e azuis.

Os resultados foram diferentes, e os que mais acertaram foram justamente os que haviam obtido melhores notas nas provas de matemática desde o pré-escolar.

Os cientistas consideram que os resultados desta pesquisa poderiam influenciar na educação básica, a fim de melhorar as habilidades futuras em matemática. EFE

Encontraram Provas de Choque de Planetas


Cientistas americanos encontraram sinais de que dois planetas a 300 anos-luz da Terra se chocaram recentemente, de acordo com um relatório divulgado por especialistas da Califórnia (oeste dos EUA).

"É como se a Terra e Vênus se chocassem", disse o professor de Física e Astronomia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) Benjamin Zuckerman, que participou desse trabalho, em parceria com o Instituto Tecnológico da Califórnia (CALTECH), em Pasadena, e com a Universidade Pública do Tennessee (sul).

Segundo o estudo, que será divulgado em detalhes na edição de dezembro do "Astrophysical Journal", os pesquisadores observaram uma quantidade importante e pouco comum de poeira em órbita, no entorno da estrela envolvida, "BD+20 307", na constelação de Áries, o que só pode ser resultado de um choque entre dois planetas.

De acordo com Zuckerman, em tese, é possível algo assim acontecer em nosso sistema solar.

"Muitos astrônomos pensam que nossa Lua se formou quando dois embriões de planetas - uma jovem Terra e um corpo de mais ou menos o tamanho de Marte - colidiram", completou o cientista.

China dá Mais um Grande Passo na Corrida ESPACIAL


A China lançou na manhã desta quinta-feira (horário de Brasília) o seu terceiro vôo espacial tripulado. O Shenzhou VII partiu da base de Gansu com três taiconautas (como os chineses chamam os astronautas) a bordo. A missão terá a primeira caminhada espacial de um chinês na História.

O feito que impulsiona a China na corrida para o domínio da tecnologia espacial será de apenas um dos astronautas: Zhai Zhigang, militar que é um antigo membro do Partido Comunista da China.

Zhai deverá desempenhar Atividades Extra-Veículares (AEV), no jargão técnico, para executar uma experiência científica e supervisionar o lançamento de um satélite.

O Shenzhou VII vai orbitar a 343 quilômetros de distância da Terra, em trajetória quase circular.

A missão histórica vem sendo motivo de orgulho nacional na China e tendo grande destaque na mídia estatal e na internet local. Mais de 10 mil pessoas, entre engenheiros, cientistas e operários, em várias bases de lançamento e de controle aeroespacial da China, estão envolvidas na missão. Especialistas russos também trabalham na missão.