sábado, 3 de abril de 2010

Novas Descobertas do LHC reascende discussões sobre Ciência e Religião



O novo capítulo da física promovido nesta terça-feira - quando o encontro de dois feixes de partículas subatômicas em uma energia inédita e velocidade próxima à da luz recriou uma miniversão do Big Bang - ressuscitou um debate secular que antagoniza ciência e religião. Entre os espectadores dos primeiros momentos do Cosmos, uma corrente acredita que o homem chegou mais próximo de Deus; outra, que uma entidade superior seria desnecessária diante de avanço tão poderoso ( e você, no que acredita? Vote ). O embate provoca reações cautelosas. Para o físico Marco Aurélio Lisboa Leite, coordenador do grupo da USP no LHC, convém não misturar as buscas de cada lado.
- A ciência quer responder algumas perguntas. Os teólogos, outras. Não há compatibilidade entre elas. Não se deve resolver as questões de uma área com as respostas da outra.
Colisão de partículas que similou o Big Bang explicará enigmas que ainda envolvem 95% do Universo
Astrônoma da Nasa e da Universidade Católica da América, nos EUA, Duilia de Mello discorda:
- Não existe contradição nestas áreas. Sempre voltamos para a necessidade do Criador, porque a ciência não chegou ainda ao ponto inicial, à origem do Universo. Para isso, por enquanto, só existe uma explicação sobrenatural.
O padre jesuíta Paul Schweitzer, professor de matemática da PUC-Rio, alerta que o Big Bang, da forma como é estudado pelos cientistas, não deve ser comparado à origem do mundo difundida pela religião.
- A Bíblia é uma poesia com metáforas, não deve ser interpretada de forma literal - pondera. - No passado, invocava-se Deus para explicar o que a ciência não conseguia. Isso é uma atitude fadada a falhar. Ainda assim, podemos analisar algumas perguntas básicas: por que o Universo tem tanta regularidade e responde a leis físicas? Isso não é respondido pela ciência. É a presença de Deus.
Curiosamente, a teoria da origem do Universo, da forma como é conhecida hoje, foi cunhada por um padre católico. O belga Georges Lemaître, que também era físico, escreveu, em 1927, que o Cosmos está sempre em expansão, tendo evoluído de um "átomo primitivo". Seus argumentos não conquistaram o astrônomo britânico Fred Hoyle, que acreditava em um Universo imutável. Para ridicularizar Lemaître, Hoyle apelidou a teoria do religioso de "Big Bang".

Um comentário:

alek disse...

ciencia e religião estão praticamente ligadas. traduzir o que as palavras da biblia realmente diz é bastante parecido as pessoas daquela epoca não saberiam explicar como os cientistas de hoje por isso disseram daquela forma. haja luz =big bang