terça-feira, 20 de maio de 2008

Restos Mortais de Nicolau Copernico


Arqueólogos anunciaram em 2005 a descoberta na cidade de Frombork, Polônia, de restos mortais que podem ser do importantíssimo astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543).
Copérnico nasceu em Torun e morreu em Frombork, ambas cidades polonesas. Ele era sacerdote da Catedral de Frombork quando morreu. E, segundo costumes da época, era comum enterrar os sacerdotes próximos ao altar onde a ossada foi encontrada.
O material encontrado foi submetido a exames em Varsóvia e a forma do rosto foi reconstituída virtualmente por técnicas modernas capazes de recriar a face de uma pessoa a partir do seu crânio. Uma marca no crânio encontrado nas escavações coincide com uma cicatriz na altura do supercílio bem visível num retrato pintado do astrônomo. As evidências de que trata-se realmente dos restos mortais de Copérnico deixaram os arqueólogos bastante animados.
Copérnico é o pai da Teoria Heliocêntrica que tirou a Terra do centro do Universo e colocou em seu lugar o Sol. Estava começando aí um processo de despejo cósmico e, de lá para cá, a Terra e toda a humanidade foram sendo empurrados cada vez mais para a periferia espacial.
Hoje sabemos que não estamos no centro do Universo. Muito longe disso, somos o terceiro planeta de um humilde sistema planetário ligado a apenas uma das centenas de bilhões de estrelas que compõem apenas uma das centenas de bilhões de galáxias do Universo. Estamos na periferia da periferia...
Muito provavelmente Copérnico não tinha noção dessa complexidade toda. Mas já havia percebido que no centro de tudo nós não poderíamos estar. Apesar de seus fortes laços religiosos, Copérnico teve a coragem de romper com um modelo imposto pela Igreja. Ele percebeu que a realidade observada não podia ser perfeitamente explicada por um modelo geocêntrico e tratou logo, no melhor espírito científico, de arrumar as coisas. Suas idéias estão condensadas na obra De Revolutionibus Orbium Caelestium (Sobre As Revoluções dos Orbes Celestes), concluída em 1530 mas só publicada dez anos depois.

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