sexta-feira, 25 de julho de 2008

Espaçonave Russa para Viagem Tripulada à LUA


A primeira imagem oficial de uma espaçonave russa com capacidade para transportar tripulação à Lua foi divulgada por um artista gráfico russo. A nave foi elaborada para substituir a Soyuz, atualmente em uso pela Rússia, e, se um acordo entre as agências russa e européia for fechado, poderá permitir que a Europa participe diretamente do transporte de tripulação ao espaço.
O veículo de 18 a 20 toneladas foi concebido para levar quatro pessoas para a Lua, competindo com o sistema americano Ares/Orion. O artista gráfico Anatoly Zak elaborou as imagens com base em um desenho divulgado pela fabricante russa EKK Energia na Grã-Bretanha, na semana passada, durante o Farnborough Air Show.
Em alguns aspectos, a cápsula se parece com a próxima geração de espaçonaves americanas denominada Orion. Uma das características incomuns da nave parece ser um mecanismo que permitirá uma aterrissagem mais suave na volta à Terra.
A Agência Espacial Européia (Esa, na sigla em inglês) vem conversando com a agência russa Roscosmos sobre um projeto de colaboração no Sistema de Transporte Tripulação Espacial (CSTS, na sigla em inglês) desde 2006.

Esse módulo de serviço usurá tecnologia - como sistemas de propulsão - desenvolvida para o Veículo de Transferência Mecanizado (ATV, na sigla em inglês) da Europa, um veículo não tripulado usado recentemente para enviar suprimentos para a Estação Espacial Internacional. A Rússia, por sua vez, poderá fornecer o lançador para a nova espaçonave tripulada, que poderá ser um veículo completamente novo ou um foguete já existente modificado.
Segundo Zak, nas negociações com a Europa, a Rússia está insistindo que todas missões tripuladas futuras tenham base em Vostochny, um novo cosmódromo que está sendo desenvolvido na região de Amur, no leste da Rússia. O governo russo quer que o primeiro lançamento no local seja feito em 2018.

Atualmente, todos os lançamentos da Soyuz são feitos do comódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Outra alternativa seria modificar o lançador europeu Ariane 5, em Kourou, na Guiana Francesa. Para isso, o local teria que ser modificado para oferecer infra-estrutura de apoio à tripulação. Também é possível que os dois locais tenham um papel a desempenhar em qualquer projeto de colaboração entre as agências russa e européia.
Se essa colaboração fracassar, a agência européia poderá desenvolver a sua própria espaçonave tripulada. O assunto será discutido em um encontro de representantes de países europeus em novembro deste ano.

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