quarta-feira, 16 de julho de 2008

A Física desvendando Crimes


A presença de físicos nas cenas de crimes e em análises subseqüentes é cada vez mais comum e não apenas em seriados de televisão, como mostra matéria de Roberta Jansen publicada nesta quarta no jornal O Globo. O tema foi abordado em palestra no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) pela perita Andréa Porto Carreiro, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), responsável pelo Laboratório de Balística.
- A idéia é que a ciência leve subsídios para a investigação. E a física está em muitas áreas da criminalística - afirma Andréa, doutora em física na área de óptica e espectroscopia e também especialista em microscopia eletrônica de varredura. - Para analisar materiais, falsificação de documentos, nas técnicas de raio X, na microscopia, na análise acústica de vozes, na determinação da trajetória de balas e munições. Num caso de acidente de trânsito, por exemplo, é preciso aplicar conceitos de força, velocidade e massa.
E também do sangue encontrado no local, como ficou claro, recentemente, com os laudos técnicos divulgados no caso Nardoni, em que o pai e a madrasta de Isabela são acusados de terem matado a menina.
- O tamanho da gota de sangue, a forma como se dissipou, o estudo das manchas de sangue no local podem dar informações importantes sobre a dinâmica do caso - explica Andréa.

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