quarta-feira, 16 de julho de 2008

Físico Brasileiro Contesta a Teoria do Big Bang

Um dos maiores críticos do Big Bang, Mário Novello, do Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF), propõe uma nova teoria para explicar o Universo: ele seria não só eterno, como também cíclico. A explosão que para muitos teria dado origem ao Cosmos seria, na verdade, um momento recorrente num ciclo eterno de retração e expansão, como mostra matéria de Roberta Jansen publicada nesta terça no jornal O Globo.
A nova teoria, elaborada em parceria com José Martins Salim, foi apresentada no início do ano na I Conferência de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica, em Pescara, na Itália, e publicada na "Physics Report".
A teoria do Big Bang defende a idéia de uma explosão primordial que deu origem ao Universo e deixa em aberto a questão sobre o que haveria antes. Para Novello, trata-se de um "mito científico". Segundo o cientista, imaginar que o Universo proviria de um ponto singular, sem jamais oferecer informações sobre o que teria vindo antes, é pressupor que a física seja irracional.
- Isso não tem nada a ver com verdade científica - afirma Novello. - Você pode provar um dia que houve retração e expansão, mas não pode provar o Big Bang.
Por isso, desde os anos 70, Novello propõe o modelo do Universo eterno, em que o Big Bang seria o ápice de um período de colapso do Universo, seguido por uma fase de expansão que perdura até hoje. A idéia foi criticada durante muitos anos, mas, recentemente, passou a ser mais bem aceita.

Um comentário:

D. Cezaretti disse...

Toda a teoria relacionada ao inicio do universo, até então exposta, baseia-se que a luz ( e ondas eletromagnéticas) tem uma velocidade constante. Porém, em hipótese, se a luz diminuir sua velocidade em grandes distâncias teremos a impressão que o universo está em expansão, pois galáxias distantes tenderão para o vermelho, indicando uma velocidade de afastamento muito grande. Baseados nessa expansão suposta e aceita (Hubble), surge então a teoria que o Universo em algum momento, estava contido em um único ponto (Big Bang).
Se temos comprovação que a galáxia de Andrômeda está em rota de colisão com nossa galáxia (Via Láctea)onde está então tal afastamento provocado por uma grande explosão inicial?
Certamente o fato de galáxias distantes apresentarem indícios de afastamento baseadas na teoria de Hublle, requer um melhor estudo e aprofundamento na velocidade constante da luz.
Grato / Décio Cezaretti